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Para Centro do Comércio de Café de Minas Gerais mercado está desencontrado

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 10/04/2019

1 MIN DE LEITURA

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Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) afirmam que o excesso de café existente no mercado e o baixo preço pago, tanto internamente quanto externamente, tem retraído o comportamento dos produtores que optam por negociar apenas quando necessário.

Para o presidente do Centro do Comércio de Café de Minas Gerais (CCCMG), Archimedes Coli Neto, o mercado atualmente está truncado. “O momento é o mais desencontrado, os preços que eles estão querendo pagar lá fora, no exterior, não batem com o que o produtor quer internamente. Existe ainda um estoque grande com relação a essa safra, a próxima já está iniciando, já começam a aparecer alguns cafés novos da safra 2019/2020”.


Archimedes Coli Neto, presidente do Centro do Comércio de Café de Minas Gerais (CCCMG)

Para o Cepea, o valor médio de R$ 387,09 para a saca neste mês de abril só não é menor do que fevereiro de 2014, quando a saca chegou a valer R$ 366,32. A perspectiva de ampla oferta de café na safra 2018/2019 e de reservas confortáveis em 2019/2020, por conta da safra volumosa do Brasil no próximo ciclo, que começa nos próximos meses, têm pressionado os valores externos e, consequentemente, internos do arábica e do robusta.

Atualmente, a saca tem sido comprada no exterior a US$ 99,95, o menor valor dos últimos 10 anos. No entanto, a expectativa é que a grande oferta do produto e a queda do preço no exterior possam alavancar as exportações durante o ano.

“O Brasil teve uma safra passada abundante, isso realmente pesou muito no mercado. Nós vamos bater recorde de exportações no ano safra, podemos chegar com 38, 39, até 40 milhões de sacas dependendo dos últimos meses, devido à quantidade enorme de café da safra”, explica Archimedes.

Para a safra 2019/2020, a tendência é que continue boa, tanto em quantidade como em qualidade, mas em menor proporção em relação à safra anterior. “Espera-se uma safra boa, não tão grande quanto a anterior. O mercado, para mudar alguma coisa, só se aparecer fatos novos, porque neste momento a gente não consegue deslumbrar nada no horizonte que possa mudar muito”, afirma o presidente do CCCMG.

As informações são do portal de notícias G1 Sul de Minas, por Lucas Soares.

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