O Campo Experimental da EPAMIG, localizado em Patrocínio, na região do Cerrado Mineiro, recebeu um secador estático de café da empresa Palini & Alves. O pesquisador Marcelo Malta afirma que o equipamento possibilita a realização de pesquisas para um melhor entendimento da qualidade do café obtido após o processo de secagem, podendo auxiliar os cafeicultores nas tomadas de decisão da etapa do pós-colheita. "A secagem bem feita é uma etapa fundamental na manutenção da qualidade do café", comenta.
As pesquisas foram realizadas no Campo Experimental de Patrocínio e coordenadas pelo Dr. João Paulo Felicori Carvalho, coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundaccer, em parceria com a equipe técnica da Epamig. “Com a doação do secador estático, podemos realizar estudos, a fim de responder as dúvidas dos produtores com respaldo científico” – explicou Carvalho.
Para Marcelo, muitos produtores ainda possuem dúvidas quanto à eficiência do processo de secagem e a qualidade do café produzido nesse sistema. A correta secagem quase sempre requer muita de mão-de-obra. O uso exclusivo de terreiros pode apresentar desvantagens, como espaço requerido e capacidade de seca nos picos da colheita, além da dependência de condições climáticas favoráveis e dos custos envolvidos nessa etapa de produção.
Segundo os fabricantes, a primeira grande vantagem deste sistema é eliminar a seca no terreiro. O café vai diretamente do pé para o secador estático, sem precisar de pré-secagem no terreiro. Também não há a necessidade de movimentação dos grãos durante o processo, por isso, é possível se trabalhar com qualquer grau de umidade e fase de maturação. Ainda segundo o fabricante, o resultado é a redução de custos, tanto no uso de mão-de-obra quanto por seu baixo consumo de energia.
Em breve, o Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundaccer irá fazer a divulgação dos resultados apresentados na pesquisa.
As informações são da Federação dos Cafeicultores do Cerrado.