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"Os grãos brasileiros são reconhecidos entre os melhores do mundo", destaca Andrea Illy

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 14/12/2021

3 MIN DE LEITURA

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No dia 2 de dezembro, a illycaffè anunciou o vencedor do Prêmio Ernesto Illy Internacional 2021, que foi Jumboor Estate, na Índia, representado por B.M. Nachappa e eleito o “Melhor dos Melhores” (Best of the Best) por um painel independente de especialistas internacionais em gastronomia e café. Saiba mais sobre a premiação aqui.

A equipe da Espresso entrevistou o presidente da illycaffè, Andrea Illy, que destaca a homenagem que o Prêmio proporciona aos cafés premiados mundialmente, das origens mais selecionadas. “O 'melhor dos melhores' é selecionado por uma equipe super qualificada de provadores independentes, enquanto a 'escolha popular' é a preferida de milhares de apreciadores de café em todo o mundo. É difícil imaginar uma abordagem mais rigorosa e isso contribui para o prestígio do EIICA. Para os produtores, isso é um impulso de orgulho e motivação, e para a illycaffè é uma forma de elevar continuamente o padrão da qualidade sustentável”, aponta.

Para Andrea, esse ano o prêmio teve um 'sabor' particular com a vitória da Índia, que mostra qual é o potencial de modelo agrícola, baseado na agrossilvicultura, incentivando outros países a seguirem o exemplo. “Este é um país onde o café é cultivado à sombra de árvores altas, geralmente junto com outras culturas, como pimenta, baunilha, cardamomo e canela: é uma agricultura virtuosa. Quem sabe se o Prêmio Internacional de Café Ernesto Illy também se tornará uma fonte de inspiração para os melhores produtores do mundo?”, questiona Andrea.

Brasil

O País é o maior produtor de café do mundo e sua notoriedade mundial é indiscutível, aponta Andrea. “Um grande trabalho tem sido feito em relação ao café produzido há mais de 30 anos, quando meu pai Ernesto, a quem este reconhecimento é dedicado, lançou uma colaboração direta com cafeicultores e desenvolveu o Prêmio Brasil de Qualidade do Café para Espresso, para motivar cafeicultores a produzir alta qualidade. Até o início dos anos 1990, o Brasil produzia grandes quantidades de café, mas de baixa qualidade. De acordo com algumas das vozes mais autorizadas do setor cafeeiro, o prêmio se tornou um dos motores para a melhoria dos processos de produção. Os grãos de café brasileiros são hoje reconhecidos entre os melhores do mundo pelo mercado global. Estou orgulhoso disso”.

Andrea destaca que o júri internacional que avaliou os 9 melhores cafés do 6º Prêmio Internacional de Café Ernesto Illy descreveu o lote brasileiro como: uma xícara com sensação suave na boca, macia, cremosa e de peso médio entrelaçada com brilho suave, sabores de chocolate ao leite, lampejos de caramelo e cacau envoltos em um toque cítrico e um vislumbre de tons florais. O acabamento é cremoso, macio e saboroso com um toque de amargor característico do café. “Acho que essa descrição é autoexplicativa sobre o quão bom o café brasileiro pode ser”, aponta.

Agricultura virtuosa

Andrea explica que descarbonizar o planeta é um imperativo de sobrevivência, conforme estabelecido pelo Acordo de Paris, em 2015, e que decidiram ser 'livres de carbono em 2033', porque a illy quer comemorar o centenário com uma conquista simbólica.

“Os sistemas alimentares são responsáveis ??por cerca de um terço das emissões mundiais de carbono, das quais a agricultura contribui com 18% e, mais especificamente, as lavouras com um terço disso. O café como produto agrícola é bastante eficiente em termos de carbono, mas pode ser potencialmente negativo se você absorver o carbono orgânico do solo, que é a melhor estratégia para sequestrar o carbono do ar. E ao enriquecer o solo com matéria orgânica, você o torna mais biodiverso, melhora a conservação de água e aumenta a fertilidade e a resiliência”, destaca.

A ideia da agricultura virtuosa é que o solo contribui para a saúde humana porque contém menos resíduos de agroquímicos e mais fitoquímicos potencialmente protetores contra doenças não transmissíveis. “Estamos testando esse modelo na Etiópia e na Guatemala, onde pretendemos ter o primeiro café livre de carbono até 2023”.

Novidades de ano novo

“Continuaremos a perpetuar a estratégia de crescimento definida nos últimos anos, penetrando ainda mais em alguns mercados, como o norte-americano. No nível do produto, a pesquisa e o desenvolvimento de pontos cada vez mais ecossustentáveis ??continuam. Em 2022 também renovaremos nossa governança e receberemos a nova CEO, Cristina Scocchia”, finaliza Andrea.

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