A Polícia Civil do Paraná investiga a sonegação de cerca de R$ 1 bilhão em impostos de empresas que comercializam café. No total, são cumpridos 220 mandados judiciais em 39 cidades de quatro estados: Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.
Confira os municípios:
Paraná: Londrina, Carlópolis, Cornélio Procópio, Ibaiti, Jandaia do Sul, Mandaguari, Maringá, Matinhos, Pérola, Rolândia e Santo Antônio da Platina.
São Paulo: São Paulo, Espírito Santo do Pinhal, Hortolândia, Itatiba, Itu, Leme, Santo Antonio do Jardim, São Bernardo do Campo e Santos.
Espírito Santo: Vitória, Colatina e Vila Velha.
Minas Gerais: Belo Horizonte, Aimorés, Andradas, Borda da Mata, Divino, Itamogi, Itueta, Manhuaçu, Matozinhos, Miraí, Muriaé, Ouro Fino, Patrocínio, Poços de Caldas, São Sebastião do Paraíso e Varginha.
De acordo com a Polícia Civil, foram expedidos 35 mandados de prisão temporária, 124 de busca e apreensão e 61 de sequestro de bens.
Batizada de “Expresso”, a operação também investiga crimes de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa dos suspeitos. Segundo a polícia, os alvos da operação são grandes atacadistas e corretores de café em grãos do Paraná, além de transportadores, proprietários e representantes de torrefações.
As investigações apontam que os suspeitos devem cerca de R$ 1 bilhão em impostos estaduais e federais, multas e correção monetária. A Polícia Civil informou que as investigações começaram em 2019, com informações da Receita Federal e da Receita Estadual de Minas Gerais.
De acordo com a força-tarefa, atacadistas e corretores de café de Londrina e região sonegavam impostos em negociações interestaduais, com fraudes da creditação do ICMS, e na comercialização dentro do Paraná.
"Essas empresas transacionavam o produto ora sem nota fiscal ou com informações falsas inseridas nessas notas, ou através da geração de créditos tributários que eram apropriados por integrantes de parte desse grupo investigado", afirmou o delegado Alan Flore, que comanda a operação.
Em ambos os casos, a mercadoria era de Minas Gerais e do Espírito Santo, comercializada por cooperativas e produtores rurais. De acordo com a polícia, as notas fiscais eram destinadas a empresas de fachada.
As operações envolvendo empresas dos dois estados possibilitavam o não recolhimento do ICMS sobre as notas fiscais falsas. Paralelamente, outra empresa “noteira”, situada em São Paulo, emitia notas fiscais falsas destinadas a atacadistas e torrefações do Paraná, segundo as investigações.
As informações são do G1.com/ Norte e Noroeste RPC.