O diretor executivo da Organização Internacional de Café (OIC), Robério Oliveira Silva, entregou nesta quarta-feira (27/02) a seguinte declaração com relação à greve dos cafeicultores da Colômbia, que pedem mais ajuda do Governo para protegê-los da queda dos preços do café e taxas de câmbio (do peso colombiano) mais competitivas.

Declaração Oficial OIC - 27 de fevereiro de 2013

O preço indicativo composto médio da OIC de fevereiro para o café caiu para 132,39 centavos de dólar por libra hoje, 28% a menos que em fevereiro de 2012. O preço composto médio mensal para cafés suaves colombianos caiu de 244,14 centavos de dólar por libra para 161,57 centavos de dólar por libra, equivalente a uma queda de 66% no mesmo período. A atual situação dos preços do café está afetando os produtores em todo o mundo e é motivo de preocupação para a OIC e para a comunidade mundial de café. Essa é uma situação de mercado que não pode ser controlada por nenhum membro particular no mercado. A volatilidade dos preços causa sérios problemas econômicos ao longo de toda a cadeia de abastecimento de café e afeta mais de 120 milhões de pequenos produtores em mais de 50 países em todo o mundo, que dependem da receita do café e têm acesso limitado a instrumentos de gestão de riscos.

Os produtores de café colombianos são valorizados pelos mercados internacionais e seu café é conhecido e respeitado em todo o mundo por sua qualidade. A Federação de Cafeicultores da Colômbia tem sido, por 85 anos, um modelo em países produtores. Garantiu sustentabilidade e uma vida melhor aos cafeicultores colombianos durante toda a sua existência.

A Colômbia é o quarto maior produtor de café do mundo, depois do Brasil, do Vietnã e da Indonésia, e produziu 7,6 milhões de sacas no ano cafeeiro de 2011/12. A Federação de Cafeicultores da Colômbia representa mais de 500 mil pequenos produtores no país.

As informações são da OIC e da Prensa FNC, traduzidas e adaptadas pelo CaféPoint.