Em junho de 2021, o indicador composto dos preços do café da Organização Internacional do Café (OIC) aumentou 4,6%, de 134,78 centavos de dólar por libra em maio de 2021, para 141,03 centavos de dólar dos EUA por libra.
Este é o oitavo mês contínuo em que os preços do café continuaram subindo e a maior média mensal registrada desde 145,82 centavos de dólar dos EUA por libra em novembro de 2016. Em comparação com junho de 2020, os preços do café aumentaram 42,4%.
Os preços de todos os indicadores de grupo aumentaram em junho de 2021, com todos os quatro batendo recordes anteriores de médias mensais mais altas.
As exportações dos grãos diminuíram 10,1%, para 9,78 milhões de sacas em maio de 2021, em comparação com as 10,9 milhões de sacas em maio de 2020. As exportações de café verde diminuíram 12,3% entre maio de 2021 e maio de 2020. Isso foi visto significativamente nos grãos colombianos.
A OIC declara que a disponibilidade de contêineres tem sido um grande problema que afeta os fluxos comerciais. As exportações acumuladas de junho de 2020 a maio de 2021 são estimadas em 129,2 milhões de sacas, o que é considerado “relativamente estável” em comparação com as 129,4 milhões de sacas registradas de junho de 2019 a maio de 2020.
Estima-se que a produção total de café no ano de 2020/2021 aumentará 0,3%, para 169,5 milhões de sacas. A produção de arábica deverá ter um crescimento de 2,2%, levando a produção para 99,1 milhões.
A pesquisa acredita que o consumo mundial de café aumentará 1,9%, para 167,2 milhões de sacas em 2020/2021, em comparação com 164,1 milhões de sacas no ano cafeeiro de 2019/2020. Porém, esse consumo ainda permanece 0,8% abaixo do nível de 168,5 milhões de sacas de antes da Covid-19.
A OIC prevê que, com o alívio das restrições à pandemia e a crescente recuperação econômica, o consumo mundial de café continuará crescendo. O consumo nos países importadores deverá crescer 2,3%, para 116,7 milhões de sacas, enquanto que o consumo interno nos países exportadores de café deverá crescer 1%, para 50,5 milhões de sacas.
A relação oferta/demanda para o ano cafeeiro de 2020/2021 deve se reverter, já que a produção mundial mal aumenta para atender à demanda mundial. Para a OIC, a oferta será 1,4% maior do que a demanda no ano cafeeiro de 2020/2021, em comparação com 2019/2020. Isso se deve à redução da produção de muitos países exportadores de café.
As informações são do Global Coffee Report / Tradução Juliana Santin