A Organização Internacional do Café (OIC) divulgou, em seu relatório mensal, que o excedente de oferta e aumento de produção foram as principais causas para preços tão baixos. Houve uma queda para 97,74 centavos de dólar por libra-peso em setembro e uma média de 100,47 centavos de dólar por libra-peso no ano cafeeiro (outubro de 2018 a agosto de 2019).
"Esse excedente é um fator importante nos preços baixos nesta temporada", informou o documento. A média do indicador composto em 2017/2018 ficou em 111,51 centavos de dólar por libra-peso e, em 2016/2017, em 132,43 centavos de dólar por libra-peso.
Os preços dos indicadores de café arábica aumentaram em setembro de 2019, com os Naturais Brasileiros registrando a maior elevação (3% no mês), para uma média de 98,73 centavos de dólar por libra-peso. Os Suaves Colombianos e Outros indicadores de Suaves aumentaram 2,1%, para 131,90 centavos de dólar por libra-peso, e para 128,89 centavos de dólar por libra-peso, respectivamente.
Já o indicador do canéfora caiu para a menor média mensal desde abril de 2010 (baixa de 0,2%), para 70,64 centavos de dólar por libra-peso. A produção, segundo a OIC, foi impulsionada principalmente pelo Brasil e Vietnã, contribuindo para o declínio de preços.
A arbitragem entre os cafés arábica e canéfora, medida nos mercados futuros de Nova York e Londres, aumentou 9,1%, para 42,50 centavos de dólar por libra-peso, impulsionada por um aumento de 2,9% no mercado futuro de Nova York e um declínio de 1% no mercado de Londres. A queda levou o mercado futuro de Londres ao seu nível mais baixo desde março de 2010, refletindo a baixa nos preços dos indicadores canéfora. Além disso, as ações certificadas no mercado futuro de Londres aumentaram pelo sexto mês consecutivo, para 2,62 milhões de sacas em setembro de 2019. A OIC calculou que o volume representa 1,11 milhão de sacas acima do seu nível em setembro de 2018.
As informações são da Agência Estado (por Célia Froufe).