A Organização Internacional do Café (OIC) aponta que a média mensal do preço do café em novembro subiu 10,1%, atingindo 107,23 centavos de dólar por libra-peso, em relação ao mês anterior, quando estava em 97,35 cents.
Segundo relatório da OIC, a cotação avançou diante da perspectiva de um déficit global no ano cafeeiro de 2019/2020, estimado em 502 mil sacas de 60 kg. O café natural brasileiro teve o maior aumento (12,1%), para 109,94 centavos de dólar por libra-peso, “refletindo, em parte, o declínio bienal da produção brasileira de arábica, bem como a fraqueza do real, moeda brasileira”, comenta a OIC.
A cotação dos cafés Outros Suaves aumentou 11%, para 140,98 cents, enquanto os Suaves Colombianos subiram 10,6%, para 146,12 cents. Os canéforas (robustas) aumentaram 6,8% no comparativo mensal, para 73,28 centavos de dólar por libra-peso.
No relatório, a OIC manteve sua previsão preliminar de um pequeno déficit global de cerca de 502 mil sacas de café ano safra de 2019/2020. “Apesar da desaceleração do crescimento, prevê-se que o consumo ultrapasse a produção durante o curso do ano”, informa a organização.
Conforme a OIC, a maior parte do crescimento do consumo, em termos absolutos e relativos, é esperada na Ásia e na Oceania. No lado da produção, a menor colheita de arábica no Brasil e condições climáticas adversas em partes da América Central e Ásia podem ser prejudiciais aos preços do grão nas próximas semanas.
No entanto, o impacto desses fatores pode ser compensado pela recente fraqueza do real brasileiro, bem como a próxima safra de 2020 no Brasil.
As informações são do Estadão Conteúdo.