Segundo relatório da Organização Internacional do Café (OIC), as exportações de café tiveram alta de 6,5% nos dois primeiros meses da temporada 2020/2021, quando comparadas a igual período do ano anterior.
Os países exportadores embarcaram 20,2 milhões de sacas de 60 kg, considerando volumes combinados em outubro e novembro, versus 18,9 milhões de sacas na mesma etapa do ano anterior, afirmou a OIC.
O principal fator por trás do aumento foi um salto nas exportações do Brasil, que colheu uma safra recorde em 2020. Os embarques dos grãos brasileiros saltaram 23% no período, para 8,3 milhões de sacas.
As exportações dos “Colombian Milds”, da Colômbia, registraram queda de 4,5% nos primeiros dois meses da temporada 2020/21, enquanto os embarques de outros arábicas suaves recuaram 5%.
Há visões contrastantes no mercado em relação à demanda global por café em meio à pandemia de coronavírus. Alguns analistas acreditam que o consumo diminuiu, apesar do aumento no uso doméstico.
Parte das maiores exportações reportadas pela OIC pode estar em armazéns nos países consumidores, já que alguns operadores aproveitaram a enorme produção do Brasil para formar estoques.
Em seu último relatório, a OIC manteve inalterada sua previsão para o balanço de oferta e demanda global, estimando um excedente de 961 mil sacas em 2019/2020, abaixo do superávit de 2,26 milhões de sacas visto no ano anterior. A organização ainda não divulgou uma estimativa para a temporada 2020/2021.
As informações são da Reuters.