A União Nacional de Agronegócios do Café e Empresas Rurais (Nucafe) está comercializando café de Uganda nos Estados Unidos. A medida visa aumentar a visibilidade do café de Uganda no mercado americano.

Isso segue uma reunião entre o diretor executivo da Nucafe, Joseph Nkandu, com investidores americanos na agregação de valor no agronegócio, incluindo Chromatic Coffee e Seva Coffee, no Vale do Silício, Califórnia.

Nkandu disse que apesar dos objetivos do Governo de exportar 20 milhões de sacas de café até 2020, o marketing insuficiente do produto em países consumidores importantes como os Estados Unidos pode prejudicar esse plano.

“O café de Uganda não é conhecido em importantes países consumidores, como os Estados Unidos. Nosso café é somente usado como um blend, mas queremos mudar essa tendência e começar a ter o produto nas prateleiras dos Estados Unidos”.

A diretora executiva da Federação de Café de Uganda, Betty Namwagala, disse anteriormente que apesar de a Uganda ser um dos maiores exportadores de café da África e o 10o produtor globalmente, sua marca como um país não é vista em supermercados globais, mesmo quando o café é considerado como de melhor qualidade.

Namwagala disse que tem havido um esforço deliberado para levar o café de Uganda aos supermercados internacionais, ao invés de esse ser usado como blend.

O descrito acima explica parcialmente porque os volumes de exportação de Uganda estagnaram em 3 milhões de sacas por quase 20 anos. Uganda teve sua maior produção de café em 1996/1997, estimada em 4,2 milhões de sacas.

Apesar dos baixos volumes, as exportações de café continuam sendo as mais importantes em termos de comércio externo da Uganda depois do turismo.

A Nucafe tem quase 14 empresas sociais globalmente que são qualificadas para participar do programa acelerador do Global Social Benefit Institute da Santa Clara University, conduzido no Vale do Silício. O programa acelerador prepara empresas sociais inovadoras para ter escala e prosperar, fornecendo uma mentoria qualificada e profunda distribuída pelos executivos do Vale do Silício para melhorar as empresas.

A Nucafe é uma empresa social que dá suporte e empodera pequenos produtores de café que não estão em posição de participar individualmente direto do mercado.

A expectativa agora é enviar amostras de café para serem analisadas, sendo que, depois disso, será permitido vender seus produtos processados e de marca aos Estados Unidos. “A Uganda está pensando em aumentar a produção e as exportações de café e, para fazer isso, precisamos preparar o mercado e isso precisa começar agora. Temos que fazer as coisas de forma diferente”.

A Nucafe embarcou em uma jornada de estabelecer sistemas operacionais e de rastreabilidade necessários, para melhorar a qualidade do café para suprir os padrões requeridos no mercado americano.

A organização também está trabalhando perto aos produtores para garantir que eles colham grãos de café de boa qualidade.

Nkandu também pediu ao governo que se associe com o setor privado para oferecer uma abordagem de intervenção em toda a cadeia de café para aumentar a produtividade e ser capaz de suprir as 20 milhões de sacas que café que é a meta de exportação até 2020.

“A intervenção não deve ser somente nas mudas como o governo está fazendo agora; temos que resolver os desafios em toda a cadeia de valor. Você não pode estimular a produção de café simplesmente fornecendo mudas”.

Namwagala também disse que embora o Governo esteja fazendo esforços para trabalhar com o setor privado e com as fazendas, fornecendo mudas, não tem havido muito impacto refletido nos volumes.

Os membros do setor também pediram por uma legislação nacional de café para guiar a produção e garantir padrões de alta qualidade no plantio, na colheita, na secagem e no processamento dos grãos de café.

As informações são do NewVision.co.ug/ Tradução por Juliana Santin