Ontem (28), a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, deu posse à diretoria da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O novo presidente, Newton Araújo Silva Júnior, é funcionário de carreira da empresa há 40 anos.
A ministra informou que parte dos armazéns da companhia será leiloada nos próximos meses, por estar subutilizada. Segundo ela, a rede de armazenamento da Conab é grande e antiga, e deixou de fazer sentido mantê-la num momento em que os traders do setor agropecuário são mais ágeis e possuem esquemas mais modernos de armazenagem e escoamento da produção.
“Precisamos que a Conab dê atenção às coisas para as quais ela é imprescindível, como trabalhar mais perto do produtor, fazendo previsão de safra, estatísticas e prestando as informações oficiais sobre o setor, que são ferramentas essenciais para cuidarmos das políticas públicas”, afirmou Tereza. “Não podemos ter empresas públicas com um patrimônio enorme, porque custa mais caro mantê-lo do que a sua utilidade”, explicou.
A ministra afirmou aos servidores da Conab que não haverá mudanças radicais na companhia, mas uma modernização de sua estrutura e de suas práticas administrativas. Segundo ela, ninguém vai impor coisas na companhia de cima para baixo, pois tudo será discutido com a diretoria, o conselho administrativo e todos os envolvidos. Disse que a proximidade entre o Ministério da Agricultura e a Conab precisa ser cada vez maior, em prol da agropecuária brasileira. “O sucesso da Conab será o meu sucesso também”, afirmou, sendo aplaudida pelos funcionários que lotavam o auditório da empresa.
O novo presidente observou que a Conab tem atualmente 178 armazéns, dos quais 67 estão subutilizados e, num estudo preliminar, podem ser leiloados ou mesmo cedidos à iniciativa privada por meio de permutas. “É preciso tirar essa gordura da companhia para fazê-la se fortalecer”, disse Silva Júnior, informando que a desmobilização do patrimônio será rápida e ocorrerá já nos próximos meses. Segundo ele, a Conab dispõe de orçamento de R$ 1,5 bilhão para equalização dos preços dos produtos da safra.
As informações são da Assessoria de Imprensa Mapa.