A multinacional suíça Nestlé escolheu a Colômbia para criar seu primeiro café “envelhecido”, amadurecido durante mais de dois anos em uma adega a mais de 3.000 metros de altitude e que apresenta um sabor ácido e amargo matizado que seus criadores descreveram como “elegante”.

Este café, produzido pela Nespresso e cultivado em 2014, trata-se, segundo Mathieu Colombier, um “sommelier de café” e embaixador desta marca na Colômbia, de um grão que oferece uma acidez, um amargor, uma torrefação e um corpo médio com uma textura aveludada que enche a boca. “É café gastronomia”, disse ele.

“Ao longo da história, já se envelheceu o café em outras épocas. No século XVIII, os grãos eram importados da Ásia e chegavam à Europa em barco quando ainda não existia o Canal de Suez e a travessia era muito longa”.

Ele disse que o os barcos que importavam o produto precisavam contornar todo o continente africano para chegar às metrópoles europeias, de modo que o café que guardavam em suas adegas estava à mercê das mudanças de temperatura e umidade, o que fazia com que os grãos mudassem de estrutura e sabor.

Colombier disse que o café colombiano escolhido para esta edição limitada, que será lançada no mercado esta semana, tem duas características principais: uma boa acidez e notas frutadas.

“O envelhecimento matiza a acidez do café”, resumiu o sommelier, que destacou o produto deixa o consumidor com água na boca e, inclusive, deserta seu apetite, já que estimula suas papilas gustativas.

Finalmente, Colombier destacou que os consumidores estão começando a adquirir uma “cultura cafeeira” comparável à que já existe com outros produtos gourmet, como o vinho.

“Cada vez mais, as pessoas buscam novas formas de consumidor, no vinho, mas também no café, que não somente oferece diferentes origens, mas também, tem diferentes variedades e formas de ser processado ou, inclusive, envelhecido”.

As informações são da agência EFE / Tradução por Juliana Santin