O Relatório do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) aponta que, no mês de março, o Brasil exportou 3,1 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. O principal destino são os Estados Unidos, seguido pela Alemanha, Itália, Bélgica, Japão e Federação Russa.
A pergunta que muitos consumidores se fazem é: para onde vai realmente o café produzido no Brasil? Pensando nisso, a Nestlé passou a monitorar o caminho desses grãos com a linha Summer 2020, desde quando são produzidos em seus países de origem, até chegarem às mãos dos consumidores.
Essa linha é uma mistura de grãos de café arábica de três lugares: Brasil, Ruanda e Colômbia, 100% certificados pela The Rainforest Alliance. A partir dos dados armazenados na tecnologia blockchain, é possível que o consumidor rastreie seu café até suas diferentes origens.
Pela primeira vez, a empresa fez parceria com a The Rainforest Alliance, para fornecer dados confiáveis de forma independente, além dos pontos que a própria companhia possa divulgar. A Rainforest Alliance fornece suas próprias informações de certificação, garantindo a rastreabilidade do café. Elas são diretamente acessíveis a todos por meio da plataforma de blockchain IBM Food Trust.
Ao digitalizar o código QR na embalagem, os consumidores podem seguir o caminho do café desde os locais de cultivo até a fábrica da Zoégas, em Helsingborg, onde os grãos são torrados, moídos e embalados. Os dados incluem informações sobre os agricultores, a época da colheita, o certificado de transação para entregas específicas e o período de torrefação.
A Nestlé começou a usar blockchain em 2017 quando ingressou na IBM Food Trust como membro fundador. Nos últimos três anos, a empresa expandiu e diversificou o uso de plataformas blockchain para tornar realidade seus esforços de transparência e sustentabilidade para seus consumidores.
Para isso começou a dar aos consumidores acesso à blockchain junto com a IBM para produtos como o purê de Mousline e a fórmula infantil de Guigoz, na França. Juntamente com o OpenSC, a companhia também está fazendo um piloto de blockchain aberto para monitorar e comunicar abertamente dados relacionados à sustentabilidade do leite e azeite de palma.