Segundo a Emater Rondônia, no município de Alto Paraíso, os produtores de café já perceberam os resultados dos investimentos na recuperação das lavouras antigas com a introdução de clones recomendados pela pesquisa e pelo serviço de assistência técnica e extensão rural. Em pelo menos 120 hectares de café de agricultores familiares assistidos, as produtividades cresceram, de 2016 para cá, de quatro a cinco vezes.
Levantamentos realizados pela Conab, em parceria com a Emater-RO, revelaram uma forte queda na produção de Alto Paraíso, com uma produtividade média de 12 sacas por hectare. Com estes valores, produtores e entidades do setor agrícola se sentiram motivados para mudar a situação. Foram implantados no município dois projetos oficiais de assistência rural: o Diagnostico Rural Sustentável (DRS, café paraíso) e a Chamada Pública do Café (lote 11), através de convênio com o antigo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). “Os projetos incentivavam a cultura com crédito rural facilitado e assistência técnica sistemática”, afirmou a engenheira Agrônoma Rosângela Veiga, gerente local da Emater-RO.
A gerente ainda destaca mais uma ação fundamental da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), que foi a distribuição de mudas de café clonal, trabalho que teve acompanhamento direto do secretário Evandro Padovani. A partir daí, as produtividades melhoram a ponto de nesta safra se esperar até 80 sacas de café por hectare nas áreas assistidas. “Os resultados não são ainda melhores porque os produtores ainda não conseguem arcar com todos os custos para introdução imediata da alta tecnologia, já disponível no mercado, como irrigação, fertilizantes, corretivos e defensivos modernos”, diz Rosângela Veiga, que acredita que a cafeicultura da região tem potencial para chegar a 120 sacas por hectare.
As informações são da EMATER-RO.