Desde março de 2015, o preço composto da Organização Internacional de Café (OIC) tem se mantido consistentemente abaixo da média dos últimos 10 anos, de 137,24 centavos de doar por libra (0,45 kg), aumentando as preocupações sobre a viabilidade econômica da produção de café e colocando o sustento de muitos produtores de café em risco em muitos países.

Como resultado, a OIC detectou uma ampla preocupação no setor de café de que a prolongada fase de baixos preços possa afetar negativamente a oferta de grãos de café de alta qualidade e possa ter efeitos adversos nas receitas das famílias em comunidades cafeicultoras.

Em resposta a essa situação, a OIC está afirmando que políticas específicas precisam ser formadas para resolver a questão da sustentabilidade econômica da produção de café, estabilizando a oferta no futuro e permitindo que os produtores sejam remunerados de forma justa.

O novo estudo da OIC avalia a estrutura de custos da produção de café em países selecionados (Brasil, Colômbia, Costa Rica e El Salvador) e deriva recomendações sobre como melhorar a viabilidade econômica da produção de café.

A pesquisa da OIC mostra que a volatilidade dos preços no mercado de café e os maiores custos de produção para os produtores significam que muitos produtores operam em perdas em curto e longo prazo.

Isso está resultando em condições de vida de milhões de cafeicultores se deteriorando e em um crescente potencial do prejuízo das ofertas de café, com os produtores optando por deixar o mercado ou até mesmo abandonando suas colheitas, que podem representar uma ameaça fitossanitária para as fazendas vizinhas de café.

Para combater isso, a OIC está recomendando que aumente a produtividade (através de medidas como uso mais eficiente de fertilizantes e novas variedades), bem como a adoção de técnicas modernas agronômicas com o objetivo de mitigar os riscos de produção, o que pode ter um impacto positivo na oferta global de café e, dessa forma, pode reduzir a volatilidade dos preços, o que é um componente chave para os produtores que enfrentam problemas.

O estudo descobriu que alguns países desenvolveram respostas políticas efetivas para fatores que afetam negativamente a lucratividade da produção de café. Por exemplo, a Colômbia respondeu de forma bem sucedida à ameaça da ferrugem do café, enquanto a Costa Rica se tornou pioneira em medidas de mitigação do impacto das mudanças climáticas no setor de café. A OIC recomenda que essas experiências positivas devem ser compartilhadas entre os países.

As informações são do https://gcrmag.com / Tradução por Juliana Santin