Motivada pela organização de mulheres na cafeicultura, com a finalidade de abertura de espaços, integração e fortalecimento da atividade, a Coocacer fomentou a organização de cooperadas, esposas e filhas de cooperados, formalizando o grupo Elas no Café Coocacer.
O primeiro encontro aconteceu em janeiro deste ano e, nesta primeira reunião, foi elaborado o Planejamento Estratégico para os anos 2023 e 2024. Neste primeiro momento, o grupo formado por 108 cafeicultoras de Araguari e Indianópolis, contou com o apoio da Expocaccer, Sebrae, Sicoob Aracredi, ACIA e Prefeituras de Araguari e Indianópolis, cujos representantes participaram compartilhando conhecimentos e auxiliando nas diretrizes para sucesso do grupo.
Também integram o grupo personalidades ligadas à cafeicultura, como a jornalista e apresentadora, Paula Varejão; a barista oficial da Região do Cerrado Mineiro e empreendedora, Paula Dulgheroff; e a jornalista e apresentadora, Mônica Cunha, madrinha do Concurso de Qualidade de Cafés da Coocacer.
Organização para geração de resultados
O planejamento estratégico conta com quatro frentes de trabalho, organizadas em grupos e tendo, cada um, uma líder com vistas a tornar as ações mais eficientes e promotoras de resultados. A organização dos grupos e de suas líderes foi definida da seguinte maneira: Turismo e Cultura, liderado por Marilza Peternella; Produtos, liderado por Flaviane Ferrarini; Treinamento e Capacitação, liderado por Luisele Bueno Caires; e Comunicação e Eventos, liderado por Tatiane Ferrarini. A liderança geral do grupo Elas no Café Coocacer Araguari fica sob o comando da superintendência da cooperativa, contando, ainda, com o apoio de profissionais como Dani Cacella, especialista em desenvolvimento humano, e Beatriz Bertoldo, analista do Sebrae.
“O grupo está comprometido em desenvolver ações para estimular a inovação tecnológica e a capacitação técnica através de cursos, profissionalizando a gestão e os trabalhadores das fazendas; divulgar o café e os produtos através de eventos, feiras e premiações; incentivar negócios através do turismo rural e do turismo de negócios na cidade de Araguari e Indianópolis; fortalecer a cultura sobre o meio ambiente, sustentabilidade, produtividade, preservação e conservação dos recursos naturais”, explica Marilza Peternella.
A organização tem motivado as participantes que anseiam pelo início das atividades devido à sua representatividade, não somente para a cafeicultura, mas também para o agronegócio de forma geral, como explica a líder do grupo de Comunicação e Eventos, Tatiane Ferrarini: “O grupo representa a inclusão, o pertencimento da mulher dentro de uma atividade em que ainda existe uma divisão. Assim, o grupo traz uma nova visão de que não há uma competição, mas uma soma de talentos, porque a mulher já está inserida na atividade, mas precisa de visibilidade. Assim, o legado que será construído daqui para frente, trará o reconhecimento e o fortalecimento da cafeicultura, agregando mais mulheres e fomentando o desenvolvimento humano no setor, com mais conexões e mais inclusão, gerando sustentabilidade e longevidade ao negócio”.
Celebração do Dia da Mulher com foco em planejamento e resultados
Em fevereiro, um segundo encontro aconteceu para finalização do planejamento estratégico e, em março, acontece o primeiro evento que marca o início das ações de 2023. Com o tema “O legado singular das mulheres: conhecimento que renova, paixão que inspira e dedicação que trilha o presente e o futuro”, a celebração, que também comemora o Dia Internacional da Mulher, tem objetivos especiais, que vão desde a apresentação da programação de ações guiada pelo planejamento estratégico, bem como o resultado deste para as demais participantes do grupo e para convidados da cadeia produtiva do café. O encontro acontece na Fazenda Florença, em Araguari (MG).
“Enxergo essa iniciativa como uma oportunidade de unir forças em prol de ações que beneficiarão a cafeicultura da nossa região. A mulher tem por característica ser organizada, realizar multitarefas, ser inovadora e esse papel é importante para o crescimento da cafeicultura em busca de ações que possam contribuir para a melhoria da Fazenda, participação ativa nos processos desde a planta até à xícara, bem como o apoio familiar, inclusive na sucessão”, enfatiza Marilza e anfitriã do evento.
O encontro também promoverá o compartilhamento de informações e experiências sobre os desafios e oportunidades do setor, contando com a presença de mulheres e profissionais inspiradores de uma cafeicultura de atitude e agregadora, cuja expectativa é motivar e engajar as mulheres em sua participação na cafeicultura.
“Como cafeicultora, enxergo essa iniciativa como uma oportunidade de unir forças em prol de ações que beneficiarão a cafeicultura da nossa região. A mulher tem por característica ser organizada, realizar multitarefas, ser inovadora e esse papel é importante para o crescimento da cafeicultura em busca de ações que possam contribuir para a melhoria da Fazenda, participação ativa nos processos desde a planta até à xícara, bem como o apoio familiar, inclusive na sucessão familiar”, enfatiza Marilza.
Boas expectativas
Toda a sequência de ações e o planejamento tem entusiasmado as participantes do grupo que enxergam na iniciativa um caminho próspero de integração, como afirma a líder de grupo, Flaviane Ferrarini. “Vejo o Elas no Café como algo que ajuda a integrar as mulheres que, na verdade, elas já fazem parte há um bom tempo, mostrando a importância e o poder que nós podemos exercer nos meios de produção. Assim, esse programa nos ajuda dar notoriedade à mulher no mundo do café, o qual sempre foi e é uma cultura em que as mulheres estão presentes, porém pouco vistas, trazendo oportunidade para as mulheres enxergarem o quanto são importantes nesse meio, e não é para tomar o lugar dos homens como alguns podem pensar, mas sim para somar, crescer e conquistar sonhos juntos”, destaca a cafeicultora.