Na manhã desta terça-feira (21/6) o ministro da Agricultura Blairo Maggi realizou encontro com o deputado federal Evair de Melo (PV/ES), o senador Ricardo Ferraço (PSDB/ES), o presidente executivo do Conselho Nacional do Café (CNC) Silas Brasileiro, entre outras autoridades. De acordo com Evair de Melo, a partir desse encontro foi confirmada a volta de uma estrutura específica para cuidar dos assuntos da cafeicultura.
O Departamento do Café (DCAF) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi extinto em julho de 2015. O fim do DCAF levou as demandas da cadeia do café para outra secretaria do Mapa, e o setor cafeeiro passou a ser gerido, na esfera governamental, pela Coordenação-Geral de Frutas, Florestas e Café, do Departamento de Comercialização e Abastecimento, e pela Coordenação-Geral de Gestão de Recursos, do Departamento de Crédito, Recursos e Riscos, ambos alocados na estrutura da Secretaria de Política Agrícola (SPA).
- Entenda como foi a extinção do departamento do Café do Mapa
“A partir de agora, o ministério reunifica os assuntos do setor em um único departamento, garantindo o andamento das agendas do Conselho Deliberativo da Política Cafeeira de seus Comitês Diretores, que estavam dispersas em diversos departamentos, causando desencontros e impactos negativos”, avaliou Melo.
Segundo o deputado, houve encaminhamento ao Mapa no início de junho, pedindo o retorno da estrutura. Nele, os parlamentares apontaram as consequências negativas da extinção do departamento, entre as quais estava também o aumento da burocracia e sinergia com o setor privado e a negligência quanto a participação do Brasil na Organização Internacional do Café, que reúne governos dos países produtores para delinear os rumos da economia cafeeira mundial.
A cadeia do café gera 8,4 milhões de empregos e divisas da ordem de US$ 6,7 bilhões. De acordo com o parlamentar, o setor está comprometido com o ajuste fiscal necessário para a retomada do crescimento do País. “Por isso, nossos esforços em manter estrutura organizacional exclusiva para um setor muito importante na economia brasileira, que precisa funcionar bem e continuar crescendo”, explicou Evair.