Os últimos dias foram de oscilações para o mercado de café que, no dia 05 de novembro, chegou a 235 pontos. Fernando Maximiliano, analista de mercado da INTL FCStone, afirma que não existe nenhum motivo especial para o aumento nas cotações. "Predominantemente, a gente tem resultados de fatores técnicos. Se a gente for observar, por exemplo, a cotação do dólar hoje, vê um fortalecimento do real em relação ao dólar. Ele está caindo durante a sessão e isso dá suporte aos preços em Nova York", afirma.
O mês de dezembro é de vencimento do próximo contrato, o que influencia na reação do mercado, com rolagens de posições. As previsões do tempo têm sido fatores de destaque na imprensa internacional e Maximiliano destaca que setembro foi de clima seco, o que gerou grande preocupação.
Em outubro ocorreram grandes floradas, o que trouxe ao mercado uma sensação de que a safra 2020/2021 será boa. "Logo depois, em outubro, o clima voltou a ficar quente, deixando o pessoal preocupado e agora a gente está vendo de novo previsões de chuvas para essa semana", afirma o analista.
Para os próximos dias, ele reforça que um dos pontos que os cafeicultores precisam estar atentos é a questão envolvendo os estoques fora do Brasil. Segundo o analista, no exterior eles estão elevados, mas após a última colheita foi notado uma queda nos estoques certificados de Nova York.
Maximiliano reforçou que no próximo dia 15 será divulgado o relatório com a quantidade de estoque de café nos portos americanos. "É um fundamento muito importante porque se a gente enxergar um incremento de novo nos estoques, pode ser um fator baixista, mas se a percebermos que não está sendo tão grande, poderia ser um suporte", explica.
Para os próximos dias, o analista acredita que é importante acompanhar as questões cambiais, assim como levar em conta as oscilações registradas no mercado interno, que consequentemente acompanham o exterior.
As informações são do Notícias Agrícolas (por Jhonatas Simião e Virgínia Alves).