O mercado futuro do café arábica, que chegou a registrar altas acima de 200 pontos para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US), minimizou os ganhos e encerrou o dia com valorização técnica para os principais contratos no exterior.
Dezembro/20 teve alta de 65 pontos, valendo 103,45 cents/lbp; março/21 teve valorização de 70 pontos, negociado por 106,05 cents/lbp; maio/21 subiu 70 pontos, negociado por 107,820 cents/lbp; e julho/21 também teve valorização de 70 pontos, valendo 109,50 cents/lbp.
Os contratos chegaram a subir de maneira mais expressiva nesta terça-feira (3), motivadas pelo dólar em queda durante o pregão e também pelas preocupações com a chegada do furacão Eta, em Honduras. "O dólar fechou em alta contra o real nesta terça-feira, com a cautela em relação ao cenário fiscal doméstico ofuscando o apetite global por ativos de risco em meio à precificação de uma vitória democrata nas acirradas eleições norte-americanas", destacou a agência Reuters.
Segundo o analista de mercado Fernando Maximiliano, da StoneX, o mercado segue atento à evolução do furacão Eta que, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA), pode atingir Honduras nesta semana. "Pode atingir áreas cafeeiras, provocar problemas com infraestrutura e logística", afirma Fernando. O especialista destaca ainda que a produção hondurenha está em fase de desenvolvimento dos frutos, com previsão de pico da colheita em dezembro.
Na última segunda-feira (2), a Secretaria Nacioonal de Gestão de Riscos e Contingências (Copeco) de Honduras, emitiu vários alertas verde, amarelo e vermelho para todo o país. "As Prefeituras Municipais devem começar a realizar as evacuações obrigatórias nas áreas de risco sob Alerta Vermelho. Os capitães de navios são obrigados a cumprir as restrições da Marinha Mercante e buscar refúgio para suas tripulações", afirmou a publicação.
Além do câmbio e do furacão, o café também teve suporte aos números divulgados nesta terça-feira pela Organização Internacional do Café (OIC). “A OIC reduziu hoje sua estimativa de superávit global de café de 2019/20 para 1.244 milhões de sacas, ante uma estimativa anterior de 1.538 milhões de sacas", destacou o site internacional Barchart em sua análise diária.
No Brasil, o dia foi de estabilidade para as principais praças produtoras do País. O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 1,38% em Poços de Caldas (MG), valendo R$ 515. Guaxupé (MG) manteve a estabilidade por R$ 568. Patrocínio (MG) manteve por R$ 540. Araguarí (MG) manteve o valor de R$ 560. Varginha (MG) manteve a negociação por R$ 575.
O tipo cereja descascado teve alta de 1,25% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 565,00. Guaxupé/MG manteve a cotaçõr por R$ 610,00, Patrocínio/MG manteve o valor de R$ 590,00, Varginha/MG manteve por R$ 620,00 e Campos Gerais/MG manteve a estabilidade por R$ 608,00.
Já o café tipo conilon encerrou o dia com desvalorização na Bolsa de Londres. Janeiro/21 teve queda de US$ 15 por tonelada, valendo US$ 1327; março/21 registrou baixa de US$ 11 por tonelada, valendo US$ 1340; maio/21 teve queda de US$ 10 por tonelada, valendo US$ 1353; e julho/21 encerrou com baixa de US$ 10 por tonelada, valendo US$ 1370.
O mercado de café conilon segue acompanhando as condições do clima no Vietnã, que foi atingido na semana passada pelo tufão Molave. Caso as chuvas continuem intensas no país asiático, a colheita no maior produtor de conilon pode atrasar em até um mês e impactar diretamente a qualidade do café vietnamita. Além disso, a Agência Nacional de Meteorologia do Vietnã disse na segunda-feira que as Terras Altas Centrais deverão receber de 10% a 20% mais chuva do que a média de longo prazo neste mês.
As informações são do portal Notícias Agrícolas.