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Matas de Minas se destaca no 17º Concurso Nacional Abic de Qualidade de Café

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 12/02/2021

3 MIN DE LEITURA

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Espera Feliz, localizada nas Matas de Minas, tem se destacado nos concursos de qualidade, inclusive no 17º Concurso Nacional Abic de Qualidade de Café - Origens do Brasil - safra 2020, que teve como vencedora a cafeicultora Maria Luiza Lacerda Gomes, na categoria arábica.

O lote de Maria Luiza, produzido no Sítio Forquilha do Rio, atingiu nota de 8,87 na qualidade global. “É uma alegria muito grande saber que estou dando continuidade ao trabalho da minha família. A nossa dedicação tem ajudado a elevar o nome da região e do município como produtor de cafés de qualidade”, diz a cafeicultura.

A produtora de 24 anos começou cedo a se envolver na atividade e ajuda os pais, Paulo e Julia Gomes, na lavoura desde a adolescência. “Eu participo de todas as etapas de produção”, conta. Há cerca de três anos, sua família iniciou a produção de cafés especiais e, a partir daí, vieram os prêmios.


Cafeicultora Maria Luiza Lacerda Gomes, de Espera Feliz (MG)

Em 2019, o pai dela, Paulo Gomes, foi o campeão estadual do Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais, promovido pela Emater-MG. Na edição de 2020 do mesmo concurso, Maria Luiza ficou em terceiro lugar na categoria Cereja Descascado, região Matas de Minas, e recebeu a medalha Mulher Empreendedora. 

A propriedade da família de Maria Luiza, com cerca de 4 mil pés de cafés, é certificada pelo Certifica Minas Café e conta com a assistência técnica da Emater-MG.

Representantes mineiros

No total, oito cafeicultores mineiros foram finalistas do 17º Concurso Nacional Abic de Qualidade de Café. Além de Maria Luiza, também se destacaram os produtores Sérgio Meirelles Filho (Chapada de Minas), Carmen Lydia Junqueira Puliti Meirelles (Mantiqueira de Minas), Bruno Antônio H. Franco (Cerrado Mineiro), Henrique Dias Cambraia (Campo das Vertentes), José Rocha (Matas de Minas), José Wilson de Proença Faria (Sul de Minas) e Wagner Felix de Almeida (Sul de Minas).

Segundo o gerente regional da Emater-MG em Guaxupé, Willem de Araújo, seis desses produtores recebem atendimento da empresa. “Isso demonstra o trabalho de nossos extensionistas junto aos produtores para a melhoria da qualidade do café produzido”, afirma.

Os cafeicultores de Espera Feliz têm conquistado os primeiros lugares em diversos concursos pelo País. Somente no Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais, promovido pela Emater-MG, que conta com cerca de 2 mil cafés inscritos a cada edição, eles obtiveram os primeiros lugares estaduais nos anos de 2017, 2018, 2019 e 2020.

“Como os resultados surgiram a partir de 2012, vários outros produtores começaram a se preocupar com a qualidade final do café”, explica Antônio Fernando Teixeira, extensionista da Emater-MG que trabalha com o programa de certificação de propriedades cafeeiras.

Atualmente, mais de 100 cafeicultores de Espera Feliz produzem cafés especiais. A agricultura familiar é predominante no município. Cerca de 80% dos produtores têm propriedades inferiores a 20 hectares. A maioria usa a mão de obra da família como única força de trabalho na lavoura. Outra prática comum é a troca de serviço entre os agricultores. Neste sistema, eles se reúnem para trabalhar em uma propriedade e fazem um revezamento entre elas. Isto é muito comum, principalmente no período da colheita.

Todos os produtores premiados de Espera Feliz participam também do Certifica Minas Café, um programa de certificação de propriedades cafeeiras desenvolvido pela Emater-MG em conjunto com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

Assistência

A Emater-MG orienta os produtores na adequação das propriedades às boas práticas agrícolas em todas as fases da produção, atendendo normas ambientais e trabalhistas, reconhecidas internacionalmente. Ao final do processo, a propriedade passa por uma auditoria para o recebimento da certificação. Mais de 1,1 mil propriedades estão certificadas pelo estado.

“Mais que uma diferenciação do produto, significa hoje melhoria da qualidade do café, da gestão da propriedade e da qualidade de vidas dos cafeicultores. Junto com o IMA, nossos extensionistas tem atendido mais de 1200 propriedades a integrarem este mercado cada vez mais exigente e depois da pandemia da covid-19, seremos ainda mais cobrados para produzir cafés cada vez mais sustentáveis”, explica o gerente regional Willem de Araújo.

As informações são da Agência de Minas.

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