A secagem é uma etapa importante da cadeia de procedimentos que compõem o que se chama de pós-colheita do café, pois é decisiva para a preservação ou a interferência nos atributos de qualidade dos grãos colhidos. No Brasil, existem dois sistemas majoritariamente adotados pelos cafeicultores nessa fase: o estático e o rotativo.
A secagem estática pode ser feita de modo manual, com o espalhamento dos grãos em terreiro no solo ou de forma suspensa, ou mecanizada, por meio de um secador de caixa, que consiste de um reservatório aquecido por meio de uma fornalha para acelerar a secagem. Tem como principal vantagem a dispensa da mão-de-obra no terreiro.
Já a secagem rotativa acontece em um secador que dispõe de um cilindro que gira em torno de seu próprio eixo enquanto recebe calor do forno. De acordo com Reymar Coutinho de Andrade, da empresa Pinhalense Máquinas Agrícolas, rotacionando o café, o equipamento proporciona uma secagem mais rápida e uniforme e essa uniformidade contribui sensivelmente para a manutenção da qualidade dos grãos. O secador rotativo proporciona uma qualidade ao processo de secagem que o estático não atinge.
Reymar disse que há produtores de café que perceberam essa diferença e passaram a fazer meia secagem no estático e meia no rotativo. A Pinhalense propõe a integração dos sistemas de secagem em um único equipamento. “A medida traz benefícios tanto a cafeicultores inclinados a investir em um secador estático porque querem eliminar a necessidade do terreiro quanto a quem deseja adquirir um secador rotativo para obter um resultado melhor em termos de qualidade”, explica Reymar.
O novo secador será apresentado na 21ª Expocafé, feira de cafeicultura que será realizada entre os dias 16 e 18 de maio, no Campo Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em Três Pontas (MG).