O Conselho Nacional do Café (CNC) recebeu um relatório sobre o volume de produção do café brasileiro, com dados obtidos através da realização do “Rally da Safra de Arábica 2023”. Segundo o Conselheiro do CNC e presidente da Federação dos Cafeicultores da Região do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis, o levantamento foi feito por uma equipe de engenheiros agrônomos, que percorreu 2.080 km nas regiões do Sul de Minas, Cerrado Mineiro e Mogiana Paulista, dos dias 16 a 20 de janeiro deste ano.
Os especialistas apontaram uma estimativa de produção de café arábica entre 38,25 e 41,3 milhões de sacas de 60 kg sendo colhidas no Brasil na safra 2022/2023. “Esses dados são extremamente coerentes, pois se somarmos com a média de produção do café canéfora (conilon), que é de cerca de 17 milhões de sacas (segundo a Companhia Nacional de Abastecimento – Conab), chegaríamos a algo em torno de 55 milhões de sacas, coincidindo com os números apresentados pela Conab, o que consideramos muito próximo do que será realizado”, analisa Silas Brasileiro, presidente do CNC.
O estudo destaca que as mudanças observadas no clima nos últimos anos têm sido catastróficas e, assim, é muito cedo para considerar até quando teremos chuvas, sendo importante aguardar até pelo menos o início da colheita. Além disso, fundamental será acompanhar se as chuvas ocorrerão, mesmo que eventuais, no período de seca, que poderá ser ou não prolongado, com reflexo na abertura da florada e sua fixação. “O recomendável é esperar o momento certo para falar em safras futuras”, explica Silas Brasileiro.
O CNC apoia ações e projetos como o “Rally da Safra de Arábica” e vê como uma boa opção para mostrar a realidade da produção brasileira ao mercado. O Conselho Nacional do Café tem trabalhado junto ao governo, ao longo dos anos, para o fortalecimento da Conab como fonte oficial de estatísticas. “E agora, mais do que nunca, buscaremos no novo governo alcançar esse objetivo para dar crédito ao mercado por parte do produtor de café do Brasil. Na atual gestão da Conab, vimos uma publicação coerente com a realidade, contudo, a colheita do volume previsto ainda dependerá da condição climática”, finaliza o presidente do CNC.
As informações são do Conselho Nacional do Café (CNC).