A safra de café 2020/2021 encerrou e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o seu 4º levantamento da safra de café 2020, onde estima que a produção atingiu 63,08 milhões de sacas de café arábica e canéfora, considerado um recorde.
O aumento foi 27,9% em relação a colheita de 2019 e de 2,3% sobre o recorde anterior, de 2018 (61,7 milhões de sacas). A área colhida aumentou 3,9%, situando-se em 1,88 milhão de hectares.
Além da bienalidade positiva do arábica, o clima também contribuiu para o desenvolvimento das lavouras, sobretudo do arábica. A produção deste grão superou a de 2018, chegando a 48,77 milhões de sacas. Em relação ao ano passado, o aumento é de 42,2%.
Já o canéfora, com produção estimada em 14,31 milhões de sacas, não teve o mesmo desempenho. Esse volume é 4,7% menor que o obtido na safra anterior, o que pode ser atribuído às poucas chuvas nas regiões produtoras do Espírito Santo, principal ofertante da variedade.
Produção nos estados
O maior produtor de café é Minas Gerais, que conta com 34,65 milhões de sacas e um crescimento de 41,1% no comparativo com 2019, graças principalmente ao arábica que responde por mais de 90% do café do estado. O Espírito Santo, em segundo lugar, produziu, neste ano, 13,96 milhões de sacas, com redução de 12,41%. Das lavouras capixabas, saíram 9,19 milhões de sacas de canéfora e 4,77 milhões de sacas de arábica.
São Paulo vem em seguida, com 6,18 milhões de sacas e aumento de 42,4%. A Bahia também obteve aumento expressivo de 32,9%, alcançando 3,99 milhões de sacas. Rondônia produziu 2,44 milhões de sacas, crescimento de 11,2%. Outros estados com menor expressividade na produção total são o Rio de Janeiro e o Mato Grosso, onde a safra deste ano aumentou 51,4% e 30,5%, respectivamente. Já o Paraná e Goiás registraram quedas respectivas de 1,2% e 0,6%.
Mercado
As exportações brasileiras de café para o mês de novembro foram recordes. O aumento foi de 32% sobre o mesmo mês de 2019, com o embarque de 4,3 milhões de sacas (60 kg), considerando-se a somatória de café verde, solúvel e torrado/moído. De julho a novembro, foram 19,8 milhões de sacas, o que representa aumento de 15% sobre 2019.
Com o dólar valorizado, o café brasileiro se tornou ainda mais competitivo no mercado internacional e as vendas antecipadas ganharam ritmo. Levantamentos da Conab indicam que, em novembro, cerca de 74% da produção da safra 2020/2021 já se encontrava comercializada, enquanto que em igual período de 2019 e na média dos últimos cinco anos, essas porcentagens eram de, respectivamente, 71% e 69%.
As informações são da Conab.