A forte chuva de granizo que caiu em Cana Verde (MG), na última segunda-feira (1º), causou prejuízos em 60 hectares de lavouras de café. Pelo menos oito plantações do município foram prejudicadas. Os produtores que tiveram lavouras atingidas precisam seguir ações antes de continuar ou iniciar a colheita.
Cana Verde possui 1 mil hectares de lavoura. As áreas atingidas pela chuva de granizo tiveram prejuízos como queda de frutos, de folhas e de galhos. Com isso, os produtores vão vender o café que caiu no solo por um preço inferior, além de poder ter problemas em novas colheitas devido às folhas perfuradas.
“Danificou o próprio fruto e jogou o fruto no chão. Os frutos que estão no chão tem uma qualidade inferior aos colhidos na planta. Então, o produtor vai ter um prejuízo no valor do produto no chão, que vai dar uma bebida de qualidade inferior”, disse o engenheiro agrônomo da Emater, Vladmir Modesto Teodoro.
“A folha e o galho lesionados vão servir de porta de entrada para alguma doença. A desfolha vai afetar a próxima safra, tendo redução na produção. É um prejuízo em longo prazo. Como houve uma redução da área foliar, consequentemente vai ter também uma redução na próxima produção. O impacto direto do granizo em um ramo que poderia formar um novo fruto de café”, completou.
Recomendações
Os produtores que tiveram as lavouras atingidas e prejudicadas precisam realizar ações antes de iniciar ou continuar com a colheita de café. Conforme o engenheiro agrônomo da Emater, o primeiro passo é entrar em contato com um agente financeiro.
“Os produtores rurais que fizeram o custeio de café precisam entrar em contato o mais rápido possível com um agente financeiro, para que ele possa emitir um comunicado de ocorrência de perdas. Com isso, o banco entra em contato com a empresa de assistência técnica credenciada ao banco, para que o agrônomo possa ir até a lavoura fazer um laudo de perda e enviar ao banco, liberando o produtor o mais rápido possível para a colheita. O produtor que fizer isso não pode fazer a colheita antes do técnico ir à lavoura”, destacou Vladmir. “Aquele produtor que já começou a colheita, deve separar o café pelo lote e não misturar com o café que vai vir da lavoura”, concluiu.
A colheita no Sul de Minas já havia começado para, pelo menos, 20% dos produtores. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a expectativa é de que 13 milhões de sacas de café sejam colhidas na região.
As informações são da EPTV e g1 Sul de Minas.