Da redação

Em tempos de recordes, em outubro, Indicador Cepea/Esalq do robusta tipo 6 peneira 13 acima (para retirar no Espirito Santo) teve média de R$ 501,07 por saca de 60 kg, a maior, em termos reais, de toda a série história do Cepea. Em relação ao mês de setembro, houve forte alta de 14,7%. Os dados foram divulgados na Análise Conjuntural do Central para o mês de outubro de 2016.

Robusta supera arábica
O Cepea frisou, ainda, que em 20 de outubro, o Indicador do robusta superou o Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista em 11,08 reais a saca de 60 kg. “Esse cenário nunca havia sido verificado pelo Cepea, considerando-se todo o histórico de pesquisas”, pontua o texto.

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A alta vem sendo observada desde o primeiro semestre deste ano, quando a forte seca que atingiu o Espírito Santo e Bahia começou a ser contabilizada, de fato, na quebra de colheita do conilon. “Esse cenário é reflexo da baixa oferta do grão, especialmente do tipo 6, que é o considerado no Indicador. Mesmo para o tipo 7/8, mais demandado, o valor da saca superou o preço do arábica, no mesmo dia 20, em oito centavos a saca. A oferta restrita, por sua vez, esteve atrelada ao clima desfavorável nas regiões produtoras de robusta no Brasil nos últimos dois anos”, informou o Cepea.

Outro fator que impulsionou os preços está relacionado a especulações quanto à próxima temporada (2017/2018). Até o final de outubro, colaboradores indicavam que duas floradas tinham sido observadas nos cafezais do Espírito Santo e três em Rondônia, mas o clima seco ainda não favorecia a produção.

No mercado internacional, o contrato de robusta negociado na Bolsa de Londres (EuronextLiffe) com vencimento em janeiro fechou a US$ 2.184,00/tonelada em 31 de outubro, elevação de 7,75% na comparação com 30 de setembro. Veja a análise na íntegra, aqui.