A Organização Internacional do Café (OIC) conta com um indicador composto de preços que registrou queda de 3,1% em março no preço do café, chegando a 97,50 centavos. Essa foi a menor média mensal registrada desde outubro de 2006, quando o preço era de 95,33 centavos de dólar por libra-peso.
De acordo com o documento, o indicador composto diário começou o mês passado com tendência de alta, a 99,61 centavos de dólar por libra-peso em 1º de março, e atingiu a mínima de 96,23 centavos de dólar por libra-peso em 22 de março. "Perspectivas de uma safra grande do Brasil no ano-safra 2019/2020 e o aumento das exportações em cada mês de 2018/2019 em relação ao ano anterior estão contribuindo para os baixos preços neste ano cafeeiro", afirmou a OIC.
Os preços de todos os indicadores de grupo caíram em março de 2019. Os dos Naturais Brasileiros cederam 4,2%, para 95,81 centavos de dólar por libra-peso, o menor preço deste grupo desde julho de 2006. Os dos Suaves Colombianos tiveram decréscimo de 2,1%, para 125,23 centavos de dólar por libra-peso. Já os de Outros Suaves registraram queda de 3,6%, para 123,89 centavos de dólar por libra-peso.
Segundo a OIC, os Suaves Colombianos, que frequentemente são negociados acima de Outros Suaves, reverteram a tendência no mês passado, registrando um diferencial de 1,34 centavo de dólar por libra-peso. Os preços do robusta caíram 2,1%, para 76,96 centavos de dólar por libra-peso.
Os cafés arábica e robusta, medidos nos mercados futuros de Nova York e Londres, respectivamente, diminuíram ainda mais em março, caindo 10%, para 30,23 centavos de dólar por libra-peso. A última vez que atingiu esse nível foi em março de 2003, com uma diferença de 30,84 centavos de dólar por libra-peso entre os preços futuros das duas praças.
As informações são da Agência Estado.