Em 14 de novembro de 2019, a Associação dos Cafeicultores do Campo das Vertentes solicitou, ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), o reconhecimento para a Indicação de Procedência (IP), publicada em 24 de novembro de 2020. A IP valoriza a tradição da fabricação e o reconhecimento público de que o produto de uma determinada região possui qualidade diferenciada. O selo protege a relação entre o produto e sua reputação, em razão da sua origem geográfica específica.
A área de abrangência da IP Campo das Vertentes é constituída por 17 municípios mineiros: Bom Sucesso, Camacho, Campo Belo, Cana Verde, Candeias, Carmo da Mata, Conceição da Barra de Minas, lbituruna, Nazareno, Oliveira, Perdões, Ritápolis, Santana do Jacaré, Santo Antônio do Amparo, São Francisco de Paula, São João Del Rei e São Tiago. Pertencente em sua maior parte à Bacia do Rio Grande e em menor parte à Bacia do Rio São Francisco, banhada pelos rios das Mortes e Grande, a região possui uma extensão territorial de mais de 800 mil hectares com altitudes que variam entre 700 e 1.350 metros, o que lhe confere um clima ameno, com verão fresco e chuvoso, e inverno frio nas áreas mais elevadas.
O trabalho realizado para o reconhecimento da IP Campo das Vertentes contou com a contribuição do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), da Embrapa Café, da Universidade Federal de Lavras (Ufla) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), instituições integrantes e parceiras do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Com o reconhecimento, o Campo das Vertentes torna-se a terceira região cafeeira de Minas Gerais a receber a Indicação Geográfica para o produto café. As demais são o Cerrado Mineiro e a Mantiqueira de Minas, ambas na modalidade Denominação de Origem.
As informações são da Revista Cafeicultura.