O Banco de Desenvolvimento da Angola (BDA) assinou um contrato de assistência técnica com uma entidade indiana especializada. O objetivo da ação é o desenvolvimento e exploração sustentável de fazendas de café de média e grande escala, além do potencial incentivo de empresários indianos a investir no país angolano.
O anúncio foi feito pelo BDA durante seminário realizado em Amboim, na província de Kwanza Norte, que visava promover a produção intensiva de café arábica na Angola. Durante o evento, dois especialistas indianos falaram sobre sua experiência de desenvolvimento do setor cafeeiro na Índia e um especialista do Instituto Nacional do Café (INCA) falou sobre a situação atual do setor cafeeiro no país africano.
No Kwanza Sul, cerca de 9.600 hectares de terra para a produção de café arábica e robusta foram renovados em junho de 2018. O relançamento da produção de café nessa província começou em 2002, com produção de sementes, mudas fornecidas ao setor de agricultura familiar, aumento das áreas de produção e restauração de várias fazendas. Nas áreas onde já havia produção, também foram recuperados 14 hectares, enquanto na produção de café foram recuperados 611 hectares e renovados 51 hectares.
No Kwanza Sul, o município de Amboim é o maior produtor de café, com mais de 100 associações de produtores, 14 cooperativas com 4 mil membros, dos mais de 6 mil produtores familiares registrados na província e mais de 200 empresas, nos municípios de Ebo, Mussende, Libolo, Conda, Cassongue e Seles.
A Angola produz anualmente 7 mil toneladas de café, das quais 3 mil são provenientes da província do Kwanza Sul. Em 1971, durante o período do domínio colonial português, o país produzia 240 mil toneladas de café por ano.
As informações são do Macauhub / Tradução Juliana Santin