No mês de setembro, durante a 27ª Conferência Internacional da ASIC (Association for Science and Information on Coffee), realizada em Portland (EUA), pesquisadores da Experimental Agrícola do Brasil e do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) apresentaram um estudo sobre o micobiota, conjunto de fungos que habitam um ecossistema, e como poderia contribuir com o café.
A Experimental é sócia da illycaffè no Brasil, sendo a responsável pela análise e compra dos cafés de alta qualidade diretamente dos produtores e pela exportação dos mesmos para a sede na Itália.
Com o nome “Influência da micobiota do café de diferentes regiões do Brasil na bebida: estas regiões podem ser consideradas terroir?”, a pesquisa teve três objetivos: analisar a infecção fúngica de amostras de café beneficiados obtidos de diferentes regiões do Brasil, identificar os tipos de fungos isolados no âmbito de gênero/espécie e relacionar a ocorrência de espécies fúngicas com as características sensoriais da bebida no espresso.
A análise micológica e as provas de xícara (infuso, diluído do espresso e espresso) permitiram identificar fungos que podem afetar tanto positivamente quanto negativamente a qualidade da bebida. Determinadas espécies tiveram maior ocorrência verificada em bebidas com avaliação negativa, enquanto que outras apareceram nas amostras de regiões com características positivas de bebida. Os cafés analisados e classificados com características positivas na qualidade da bebida vieram de regiões com características particulares como microclima, solo e microbiota.
As regiões de origem dos cafés foram Minas Gerais (nas subregiões do Cerrado Mineiro, Chapada de Minas, Matas de Minas e Sul de Minas), São Paulo, Espírito Santo e Goiás. Assinam o trabalho os pesquisadores Aldir Teixeira, Regina Teixeira, Márcio Reis, Luca Turello, Josiane Bueno e Marta Taniwaki. Mais amostras de cafés estão sendo analisadas a fim de se obter resultados mais conclusivos destas regiões.
As informações são da illycaffè.