O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o Brasil deverá produzir 2,7 milhões de toneladas de café em 2021, ou cerca de 45 milhões de sacas de 60 kg. A queda seria de 27,3% em relação ao ano anterior, sentida principalmente na produção de grãos arábica, por sua bienalidade negativa e pelos problemas climáticos.
Já a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou que a safra de café do Brasil ficará entre 43,85 milhões e 49,58 milhões de sacas. Agentes privados projetam uma colheita maior, acima de 50 milhões de sacas, para uma lavoura que sofreu com a seca em 2020.
O IBGE estimou um rendimento médio de 1.509 kg/hectare, queda de 23,3%. O Instituto citou, ainda, que a área plantada deverá ser reduzida em 5%, enquanto a colhida recuará 5,2%. Para o café arábica, a produção estimada foi de 1,9 milhão de toneladas (31,7 milhões de sacas), com declínio de 33,6% em relação ao ano anterior.
Em 2020, a safra brasileira de café arábica foi de bienalidade positiva, sendo a maior verificada na série histórica do IBGE. "Já 2021 será ano de bienalidade negativa, o que deve resultar em uma retração expressiva da produção. Minas Gerais, o maior produtor de café arábica [68,9% do total] estimou sua produção em 1,3 milhão de toneladas, o que representa um declínio de 35,9% em relação ao ano anterior", afirmou o IBGE.
A safra de canéfora (robusta ou conilon) foi estimada em 807,2 mil toneladas (13,45 milhões de sacas), com declínio de 6,7% em relação ao ano anterior. No Espírito Santo, a estimativa encontra-se em 520,7 mil toneladas, com declínio de 7,3% na estimativa da produção.
As informações são da Reuters.