A exportação de café de Honduras mostra uma tendência de queda, tanto na quantidade de sacas quanto na renda. Consequentemente, poderia baixar uma ou duas escalas no ranking mundial dos países produtores de café, no qual ocupa, hoje, o quinto lugar.
O Instituto Hondurenho do Café (Ihcafé) projetou uma exportação de 8,12 milhões de sacas de 60 quilos de grãos e 1,5 bilhão de dólares em moeda estrangeira no início da safra. No entanto, a Associação dos Exportadores de Café de Honduras (Adecafeh) prevê que os embarques cheguem a 6,9 milhões de sacas, mas com possibilidade de caírem para 6,67 milhões no fechamento da safra.
Isso quer dizer que a nova projeção para a safra atual de 2018/2019 é de que serão apresentadas por volta de 760 mil sacas a menos do que o estimado e perdidos 200 milhões de dólares. Consequentemente, e levando em conta os baixos preços, a receita em moeda estrangeira mal ultrapassaria um bilhão de dólares.
"Estamos com cerca de 20% a menos nas exportações. Entretanto, ainda faltam os meses de pico. No entanto, vemos que a tendência se mantém entre 19% e 20% em relação ao ano passado, deixando entre 190 e 200 milhões de dólares a menos”, explicou Miguel Pon, diretor executivo da Adecafeh. “É possível que possamos reduzir uma ou duas escalas, mas os fortes meses de exportação ainda estão faltando. Também devemos ver que está afetando todos os países produtores", acrescentou ele sobre o ranking mundial.
Pon explicou que as praças ou mercados são preenchidos por uma superprodução global que empurra o preço para baixo.
Exportações
Segundo o Ihcafé, as exportações somam 2,53 milhões de sacas até o momento, apresentando uma queda de 15,9% em relação aos 2,99 milhões registrados no mesmo período da safra 2017-2018.
Os embarques deixaram 358,4 milhões de dólares para a economia, mostrando uma queda de 25,99%, equivalente a 125 milhões de dólares a menos.
O preço médio de exportação do quintal (saca de 46 quilos) caiu de 123,35 para 108,65 dólares. Ou seja, uma saca de café custa 14,7 dólares (11,92%) a menos do que em relação à safra passada. Esse preço não cobre o custo de produção e diminui a rentabilidade para o produtor que internamente recebe um valor ainda menor.
Para cobrir os custos, o preço internacional deve ser de US$ 130. Aos baixos preços somam-se as perdas que os produtores têm na venda de café a intermediários e doenças como a ferrugem.
As informações são do El Heraldo / Tradução Juliana Santin