O déficit hídrico do início de 2021, somado às geadas que ocorreram neste inverno, deverá impactar o crescimento das plantas de café para a safra de 2022. A análise é da Fundação de Apoio à Tecnologia Cafeeira (Procafé), que relata que as perspectivas climáticas deste ano e de 2020 causaram problemas na safra 2021 e devem também influenciar a safra do ano que vem.
De acordo com o engenheiro agrônomo e pesquisador da Procafé, Alysson Fagundes, a seca enfrentada no início da safra impactou o enchimento dos grãos. “Nos meses de janeiro, fevereiro e a partir de março, nós tivemos veranicos que prejudicaram o enchimento de grãos, que vieram agora a impactar severamente o rendimento dos frutos. Nós podemos observar, nessa safra de 2021, que já é uma safra de bienalidade negativa, ou seja, já seria um ano em que naturalmente o café arábica do Brasil teria uma produtividade menor, e ainda tivemos os efeitos negativos da seca”, explica.
Ele ainda prevê baixas para a safra 2022, já que o crescimento das plantas foi impactado pelas adversidades climáticas. “Ainda somado a isso, nós tivemos algumas geadas pontuais que afetaram as lavouras no sul de Minas Gerais e geadas mais significativas nas lavouras da Mogiana Paulista. Além de tudo, ainda tivemos mais um problema de frio, pois as geadas impactam também na produção de 2022”, conclui.
As informações são do Canal Rural.