O futuro da produção de café na África está abalado, já que produtores precisam lidar com os baixos preços mundiais, longas cadeias de valor, intermediários exploradores e acesso limitado ao crédito.
Esses foram alguns itens expostos pelas partes interessadas de toda a África no Fórum de Negócios do Café da região. A exploração dos agricultores por intermediários e cooperativas foi citada como um dos principais impedimentos ao desenvolvimento do setor.
“A longa cadeia de valor é o principal problema no setor cafeeiro, onde existem mais de 16 intermediários. Pretendemos reduzi-los significativamente para que o agricultor obtenha algum benefício. Vemos um futuro sombrio se não abordarmos a questão e atrairmos mais jovens para serem incorporados no setor”, afirmou o diretor executivo da Associação Africana do Café, Samuel Kamau.
Segundo ele, a associação estabelecerá um mecanismo para garantir que os fundos reservados pelo governo ao setor cheguem aos agricultores. Isso pode ser alcançado através da reavaliação do papel das cooperativas.
Os principais temas abordados no evento incluíram a remoção das barreiras ao comércio de café, destacando o Acordo de Facilitação do Comércio da Organização Mundial do Comércio; mecanismos inovadores para facilitar o acesso às prioridades de crédito, comprador e investidor globalmente; e como produtores e comerciantes regionais podem capitalizar essas novas oportunidades.
As informações são do The EastAfrican / Tradução Juliana Santin