O gerente geral da Federação Nacional dos Cafeicultores (FNC), Roberto Vélez Vallejo, pediu um preço base internacional de US$ 2 por libra para que os produtores de café possam ter uma renda decente.
O dirigente fez esse pedido durante a reunião da Conferência Anual do Comércio Justo - Fairtrade International, realizada em sua sede na cidade de Bonn, na Alemanha. "É justo negociar quando alguém compra o produto abaixo do custo de produção?", questionou o líder diante do público.
Vélez Vallejo lembrou que 96% dos cafeicultores da Colômbia são pequenos produtores e que a tabela de sustentabilidade tem três vertentes: econômica, social e ambiental. "A mesa não pode ser sustentada com apenas duas pernas: a social e ambiental. A economia também é importante”, afirmou.
O dirigente sindical também alertou que o preço internacional do grão chegou há poucos dias a um mínimo de 88 centavos de dólar por libra-peso, preço que não havia sido registrado há 14 anos. O produtor recebe apenas uma pequena fração do valor vendido de uma xícara de café, o que coloca em risco não apenas sua sustentabilidade, mas também a produção mundial de café.
O gerente foi convidado como principal orador da Conferência Anual de Comércio Justo, confirmando sua voz de liderança em defesa de uma renda digna para os cafeicultores, não apenas da Colômbia, mas do mundo. "A pobreza é o maior predador do meio ambiente e do tecido social do café", recordou em seu discurso.
A Fairtrade International é uma organização independente sem fins lucrativos que representa 1,6 milhão de pequenos agricultores, produtores e trabalhadores no mundo. Com melhores preços, condições de trabalho decentes e acordos mais justos para os agricultores e trabalhadores nos países em desenvolvimento, a ONG ajuda a mudar a forma como o comércio funciona.
As informações são da Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia / Tradução Juliana Santin