O primeiro dia de fevereiro iniciou sem grandes variações no mercado futuro do café arábica, porém, por volta das 11h, houve uma valorização expressiva. Às 11h22 (horário de Brasília), março/2021 tinha alta de 345 pontos, valendo 126,40 cents/lbp; maio/2021 subia 335 pontos, valendo 128,45 cents/lbp; julho/2021 subia 325 pontos, negociado por 130,20 cents/lbp; e setembro/2021 subia 315 pontos, valendo 131,95 cents/lbp.
Haroldo Bonfá, analista de mercado da Pharos Consultoria, avalia as altas como um dia de realização de lucros. "Nós estamos vendo como realização de lucros uma vez que tinha a níveis muito baixos, como 1,22 no março/2021", afirma o especialista.
O mercado de café volta a operar de maneira mais expressiva depois de uma semana com desvalorização, motivada pela movimentação do dólar ante ao real. Ainda assim, analistas destacam para um mercado mais cauteloso, uma vez que o produtor ainda não sabe os impactos para a safra 2021 do Brasil. Segundo a Conab, o café arábica deve ter uma quebra de 32% a 39% neste ano, considerando os problemas climáticos enfrentados no ano passado e o ano de bienalidade baixa para a cultura.
A análise da agência Reuters destacou as preocupações com as lavouras brasileiras. "Os revendedores disseram que o mercado obteve algum apoio das preocupações com o tempo seco em partes do cinturão do café no Brasil", afirmou a publicação. Há duas semanas não chove na maior região produtora do País e, segundo analistas, uma pausa nas precipitações em fevereiro poderia atrapalhar a fase de granação do café.
Na Bolsa de Londres, o canéfora (conilon) também opera com valorização. Por volta das 11h28 (horário de Brasília), março/2021 tinha alta de US$ 18 por tonelada, valendo US$ 1324; maio/21 registrava valorização de US$ 18 por tonelada, negociado por US$ 1337; julho/2021 também registrava alta de US$ 18 por tonelada, negociado por US$ 1348; e setembro/2021 registrava valorização de US$ 17 por tonelada.
As informações são do Notícias Agrícolas.