Após várias análises, o Ihcafé, Instituto de café de Honduras, concluiu que a espécie é mais agressiva em comparação com as duas anteriores que foram descobertas no país. De acordo com um relatório atualizado pelo Instituto, até o momento foram afetados apenas 350 hectares na região de Olancho.
Ferrugem do cafeeiro causada por Hemileia vastatrix. (Foto Flávia R. A. Patricio)
Segundo Omar Fúnez, gerente técnico do Ihcafé, as exportações dessa cultura não serão afetadas, porém, se não forem tomadas as medidas, pode haver uma propagação igual ou maior do que a registrada em 2012, quando se perdeu mais de 760 mil sacas de grãos no valor de US$ 150 milhões.
A ferrugem, que enfraquece as plantas e faz com que o fruto do café caia antes de amadurecer, apareceu pela primeira vez na Guatemala, em 1982. O preocupante é que a nova espécie leva até 10 dias a menos para se propagar na planta.
As plantações mais afetadas são as mais antigas, de modo que as mais novas são as que resistirão à praga. "A vantagem desta vez é que sabemos como gerir a ferrugem e temos todos os programas de controle validados", disse Fúnez, indicando que já está realizando um cerco epidemiológico em Olancho.
O ataque da ferrugem (Hemileia vastatrix) está ligado a fatores climáticos mas, de acordo com Dagoberto Suazo, presidente do Centro das Cooperativas de café de Honduras (CCCH), pode ser agravado pela falta de investimento em plantações de café. Desse modo, demanda-se financiamento e apoio do governo central.
Segundo os especialistas, para controlar a formação do fungo é necessário capacitação e fortalecimento das pesquisas. Para curto prazo, os técnicos do Ihcafé recomendam revisar as fazendas a cada 15 dias. Se de cinco a 100 folhas estiverem contaminadas, deve-se aplicar fungicida, se forem menos de cinco folhas com a doença, aplica-se somente o cobre.
Além disso, é necessário podar as plantações, regular a sombra e fertilizar as plantas no início do inverno.
As informações são do El Heraldo / Tradução por Juliana Santin