Roberto Velez, da Federação Nacional do Café da Colômbia (FNC), aponta que os novos lockdowns, por conta da variante Ômicron, pode ser outro choque para a indústria cafeeira global.
A Ômicron foi descoberta pela primeira vez no sul da África e foi rotulada como uma variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS), levando alguns países a fecharem suas fronteiras para estrangeiros nos últimos dias ou impor outras restrições. “Mais uma vez, o medo é que os países fechem e voltemos a um mundo onde o café só é consumido em casa”, destaca Velez, em entrevista à Reuters.
Além de diminuir a demanda, a pandemia já levou a um aumento acentuado no custo do transporte do grão para os principais países consumidores da América do Norte e Europa, devido a gargalos logísticos.
A Colômbia conta com uma queda na produção de café neste ano devido às fortes chuvas. No entanto, o país já alcançou os embarques de café depois que até um milhão de sacas de 60 quilos foram atrasadas em meio a distúrbios sociais e protestos generalizados do final de abril até meados de junho.
O país vive atualmente um forte período de chuvas que atrasou a floração dos cafeeiros, que também aconteceu no primeiro semestre do ano, reduzindo a colheita de 2021 para algo entre 13 milhões e 13,5 milhões de sacas. A produção colombiana de café atingiu 13,9 milhões de sacas em 2020, queda de 6% ante as 14,8 milhões de sacas de 2019, quando a produção atingiu os maiores níveis em 27 anos.
As informações são da Reuters (por Luis Jaime Acosta com texto de Oliver Griffin).