Estudo elaborado e divulgado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola (SPA), do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), destaca o Valor Bruto da Produção (VBP) em dezembro de 2021.
O faturamento bruto da lavoura dos Cafés do Brasil, calculado para o ano-civil 2021, totalizou R$ 42,59 bilhões, sendo R$ 32,14 bilhões para os cafés da espécie arábica, montante que corresponde a 75,5% desse valor total, e R$ 10,45 bilhões para os canéforas (conilon), receita bruta que equivale a 24,5% do que foi calculado para o citado ano. Tais estimativas foram realizadas tendo como base os preços médios recebidos pelos produtores de café arábica e canéfora no período de janeiro a dezembro de 2021.
Como as cinco regiões geográficas brasileiras produzem cafés, se for estabelecido um ranking desse faturamento, em ordem decrescente, considerando a soma bruta das receitas das duas espécies citadas (arábica e conilon), a Região Sudeste destaca-se em primeiro lugar, com R$ 36,89 bilhões de faturamento bruto, o que representa aproximadamente 86,6% do total geral. Na segunda posição está a Região Nordeste, com R$ 2,61 bilhões, valor que equivale a 6,1% dessa mesma base comparativa.
Em terceira colocação encontra-se a Região Norte, cujo faturamento bruto da produção de cafés em 2021 foi estimado em R$ 1,84 bilhão, cifra correspondente a 4,3% do total geral. Na sequência, em quarto lugar, está a Região Sul, com R$ 879,67 milhões (2%). Por fim, em quinto, a Região Centro-Oeste, que teve o faturamento bruto da lavoura cafeeira calculado em R$ 359,41 milhões, receita que equivale a aproximadamente 0,85% do total estimado para as duas espécies de cafés.
Neste mesmo contexto, caso também seja estabelecido um ranking exclusivamente para o faturamento bruto dos cafés da espécie arábica, no mesmo ano-civil 2021, o qual foi de R$ 32,14 bilhões, nas cinco regiões geográficas do Brasil, constata-se a seguinte performance: as Regiões Sudeste e Nordeste destacam-se em primeiro e segundo lugares, respectivamente, com R$ 29,69 bilhões (92,3%) e R$ 1,24 bilhão (3,88%). Em terceira colocada está a Região Sul, com R$ 879,67 milhões (2,73%), seguida pela Região Centro-Oeste, com R$ 293,38 milhões (0,91%), e a Região Norte, em quinto lugar, com R$ 30,70 milhões, valor que corresponde a 0,08% do faturamento total dos cafés arábicas.
Caso seja aplicada esta mesma lógica de análise exclusivamente para os dados do faturamento das lavouras de canéfora, o ranking das quatro regiões produtoras (pois a Região Sul brasileira não produz a espécie) teria a seguinte configuração: na primeira colocação também se desponta a Região Sudeste, com faturamento bruto de R$ 7,20 bilhões, cifra equivalente a 69% do total arrecado, seguida pela Região Norte, com R$ 1,81 bilhão (17,35%). Em terceiro vem a Região Nordeste com R$ 1,36 bilhões (13%), e, em quarta colocada, a Região Centro-Oeste, com R$ 66,02 milhões, equivalente a 0,63%.
Vale destacar que o VBP de dezembro de 2021, em relação ao total exclusivamente do faturamento bruto das lavouras, ou seja, excluindo obviamente a receita da pecuária, cujo levantamento contempla 17 produtos agrícolas, demonstra que essa receita atinge o montante total de R$ 768,45 bilhões.
A produção dos Cafés do Brasil ocupa o quarto lugar no ranking do VBP das lavouras, cujo faturamento bruto do setor, conforme citado, foi calculado em R$ 42,59 bilhões. O café corresponde a 5,54% desse montante total. Na primeira posição do ranking destaca-se a soja, com R$ 366,01 bilhões (47,63%), seguida pelo milho, com R$ 125,22 bilhões (16,3%), e, em terceira posição, a cana-de-açúcar, com R$ 85,86 bilhões (11,17%). Na quinta posição figura o algodão, com faturamento bruto calculado em R$ 27,60 bilhões, cifra que corresponde em torno de 3,6%. E os demais produtos agrícolas (das 17 lavouras pesquisadas) completam os 100%.
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As informações são da Embrapa Café.