Pontos macroeconômicos também podem movimentar o mercado enquanto os fundamentos são incertos e a inflação ainda é a palavra-chave. A inflação nos Estados Unidos diminuiu em dezembro, mas o resultado acompanhou uma queda nos gastos do consumidor, destacando o potencial de uma trajetória de crescimento econômico mais baixo em 2023. Por um lado, os gastos mais fracos do consumidor podem ser um ponto de baixa para a demanda, mas a inflação mais moderada é um ponto de apoio para preços do café.
É importante destacar pontos macroeconômicos e técnicos, pois o mercado ainda aguarda uma visão confirmada do potencial da safra brasileira 2023/2024 para definir os rumos. Na semana passada, menos de 2% das áreas de arábica receberam precipitação em níveis críticos, o que reforça a visão de rendimentos acima do esperado na safra.
Atualmente, o calendário do café se divide entre o desenvolvimento da safra 23/24 no Brasil, Peru e Indonésia - para citar os principais que operam no calendário abril-março - e a colheita nas demais regiões. Neste último, as safras apresentam crescimento abaixo do normal. Consequentemente, temos dois pontos principais: diferenciais inalterados e exportações menores.
As exportações são um segundo reflexo dessa dinâmica: até dezembro, os embarques consolidados da Colômbia, Honduras, Nicarágua, Costa Rica e El Salvador ficaram 16% abaixo da média.
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As informações são da hEDGEpoint.