A escassez de chuvas já impactou significativamente as safras de milho, cana de açúcar, café e laranja. Em entrevista à CNN Rádio, o professor e coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, Roberto Rodrigues, disse que a quebra de milho, por exemplo, pode chegar a 15 milhões de toneladas.
“No ano passado, as chuvas de verão atrasaram e acabaram fazendo com que a plantação de milho acontecesse mais tarde. O problema é que não choveu em março, abril e maio”, disse. Dessa forma, a tendência é de que a safra de inverno “não chegue a 70 milhões de toneladas, o que representaria uma quebra de 15 milhões de toneladas”, segundo ele.
Rodrigues explicou que o milho é um alimento essencial para a cadeira produtiva: “É o alimento principal para ração de animais, frangos, suínos, gado de leite, gado de corte, e isso traz um provável aumento de custo, é um grande problema”.
As culturas permanentes, como a cana de açúcar, café e laranja também foram afetadas pelo calor registrado em setembro do ano passado. “Temos perdas na cana, café e laranja já consolidadas”, destacou.
O professor disse que, para reverter o quadro, é preciso tempo e ajuda de São Pedro para que as chuvas aconteçam: “O caminho é uma safra grande no ano que vem, mas isso é coisa de 7, 8 meses para ter segurança com a nova produção”.
As informações são da CNN.