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Fala Café #8 apresenta segunda parte do projeto Unidades Demonstrativas de Cultivares de Café

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 05/06/2020

5 MIN DE LEITURA

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Na quinta-feira (4) foi realizada a segunda parte da apresentação dos resultados de produtividade da 2ª safra do projeto Unidades Demonstrativas de cultivares de café - Região do Cerrado Mineiro.

O projeto é desenvolvido pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, por meio da Fundaccer em parceria com a Epamig e Embrapa. A apresentação aconteceu através do YouTube, via 8º episódio do Fala Café.

O objetivo do encontro foi mostrar a validação, difusão e recomendação de cultivares de café desenvolvidas pelo programa de melhoramento da Epamig com adaptabilidade de produção e qualidade superior de bebida para a Região do Cerrado Mineiro.

Dentro do escopo deste projeto estão sendo testadas 12 cultivares em 26 propriedades, distribuídas em 12 municípios da região. Juliano Tarabal, Superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro, destaca a importância do projeto, que já está no segundo ano. Ele conta que no ano passado, a pesquisa foi apresentada nos municípios em um Dia de Campo, por conta da pandemia de covid-19, tiveram que adaptar para um evento virtual.

Assim como no primeiro dia, os convidados apresentaram suas pesquisas de variedades em determinadas propriedades e o resultado em relação a produção e sensorial das que mais se destacaram.

Lembrando que o objetivo do projeto é analisar o comportamento regional de novas cultivares e compará-las com os relatórios do catuaí vermelho IAC 144, que é referência em produtividade, e o bourbon amarelo IAC J10, que é referência em qualidade da bebida. Foram avaliadas as características sensoriais dos cafés produtivos pelas cultivares e o potencial de melhoria dos padrões de qualidade da Região do Cerrado Mineiro.

O projeto contou com 12 cultivares e instituições de origem. São elas:

Essas são suscetíveis a ferrugem:

1 - Catuaí Vermelho IAC 144 – IAC

2 - Bourbon Amarelo IAC J10 – IAC

3 – Topázio MG 1190 – Epamig

4 – MGS Epamig 1194 – Epamig

Essas são resistentes à ferrugem

5 – Catiguá MG2 – Epamig

6 – MGS Catiguá 3 – Epamig

7 – MGS Ametista – Epamig

8 – Pau Brasil MG1 – Epamig

9 – MGS Paraíso 2 – Epamig

10 – MGS Aranãs – Epamig

11 – Sarchimor MG 8840 – Epamig

12 – IAC 125 RN – IAC

Em 2019 foi analisado a produtividade de cada cultivar, produção, espaçamento da lavoura, análise sensorial. Os cafés foram enviados e provados por q-graders, que avaliaram cada um. Para 2020 a ideia é realizar as mesmas análises e seguir desta forma até 2022, tendo assim um perfil de quatro safras.

O pesquisador da Epamig, César Elias Botelho, foi o primeiro a apresentar os dados da Fazenda Espigão do Palmital, de Gil César de Melo, e pontuou a necessidade da avaliação regional, já que cada solo varia muito. “No Cerrado, por exemplo, temos as características de clima, altitude, solo, manejo, irrigação, espaçamento, tudo interfere na produção da cultivar”.

A Fazenda Espigão do Palmital, localizada em Campos Altos, possui uma altitude de 1.050 metros, espaçamento de 3,8 x 0,7 m, sequeiro e manejo do produtor.

Em relação a produtividade que se destacaram na produção de 2019 foram:

MSG Epamig 1194 – 41,4 (sacas por hectare)

IAC 125 RN – 39,2 (sacas por hectare)

MGS Aranãs – 34,9 (sacas por hectare)

Sarchimor MG 8840 – 33,7 (sacas por hectare)

MGS Paraíso 2 – 33,1 (sacas por hectare)

César reforça que o sistema de irrigação contribuiu para uma baixa produção, quando comparado às apresentações do Fala Café #7. “Na fazenda analisada, o crescimento inicial da cultivar é mais lento, mas depois a produtividade entra em recuperação e os números aumentam”, explica.

Em relação as notas sensoriais avaliadas na produção de 2019

Bourbon Amarelo IAC J10 – 88,8

MGS Paraíso 2 – 86,8

Pau Brasil MG 1 – 84,7

MGS Arañas – 85

Na comparação de 2019 com 2020, a média de produção apresentou um potencial bem maior: MGS Paraíso 2 (52,2 sacas por hectare), IAC 125 RN (57,7 sacas por hectare), MGS Arañas (52 sacas por hectare) e MGS Epamig 1194 (49,9 por hectare).

César afirma que a escolha da cultivar correta para sua região é muito importante e leva quatro anos para avaliação para ter certeza se será produtiva ou não.

Na sequência, Matheus Botelho, gerente regional de vendas da Lallemand no Brasil, trouxe a história da empresa e explicou sobre o manejo e leveduras. A empresa iniciou a produção de leveduras em 1923 e se tornou líder no quesito microrganismos, focado no desenvolvimento, produção e comercialização. “A marca está presente em farmácias, leveduras e até produção de vinhos e espumantes”, explica.

Matheus conta que são mais de 400 pesquisadores desenvolvendo estudos científicos por 45 países. A Lallemand também fornece os produtos para melhorias na produção, como evitar o crescimento de fungos, remoção de mucilagem, gerenciamento de qualidade, melhora em aromas e notas sensoriais. Para saber mais dos produtos para a produção de café acesse o site

Para encerrar o webinar, João Paulo Felicori Carvalho, consultor do projeto Unidades Demonstrativas, apresentou os dados da Fazenda Duas Ponte Patrocínio, que conta com uma altitude de 880m, espaçamento 3,8 x 0,5m, gotejo superficial, manejo padrão da propriedade.

Em relação a produtividade de 2019, os destaques foram:

MGS Paraíso 2 – 98,4 (sacas por hectare) – safra bem alta para a primeira safra, o que demonstra a aptidão para a região.

Sarchimor MG 8840 – 79,6 (sacas por hectare)

Catuaí Vermelho IAC 144 – 78,2 (sacas por hectare)

MGS Arañas - 75,3 (sacas por hectare)

IAC 125 RN – 74,1 (sacas por hectare)

Sobre as notas sensoriais os destaques foram para:

MGS Paraíso 2 – 87,2

Topázio MG 1190 - 84,5

Catiguá MG2 - 84,5

Pau Brasil MG1 - 84,5

Sarchimor MG 8840 – 83,5

Na média avaliada entre 2019 e 2020, o destaque fica para o MGS Paraíso 2 (104,7 sacas por hectare), MGS Ametista (95,6 sacas por hectare), Topázio MG 1190 (94,5 sacas por hectare) e Catuaí Vermelho IAC 144 (90,9 sacas por hectare).

João Paulo encerrou a noite apresentando um compilado de produtividade de todas as fazendas analisadas.

As apresentações completas dos dois de eventos estão disponíveis no YouTube. Clique aqui para assistir.  

Para acessar o depoimento completo dos produtores, clique aqui.

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