A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) consulta todos os sindicatos rurais em relação a cada item do Plano Agrícola e Pecuário 2021/2022, do Governo Federal. "Reunimos as sugestões por área temática ou por atividade agropecuária, alinhadas às necessidades do setor produtivo e da realidade das diferentes regiões produtoras do Estado, envolvendo temas estratégicos, como volume de recursos, taxa de juros, acesso ao crédito, recursos para custeio, comercialização e investimento, seguro rural e zoneamento agrícola", explica Fábio Meirelles, presidente da FAESP.
As sugestões serão consolidadas e encaminhadas diretamente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). "Especial atenção deve ser dada às sugestões de aperfeiçoamento das regras de enquadramento das linhas de financiamento destinadas aos produtores familiares e aos médios estabelecimentos agrícolas, bem como às condições do crédito para custeio, comercialização e investimento", ressalta Fábio.
Na avaliação da FAESP, o Plano Agrícola e Pecuário 2020/2021 foi positivo, considerando o impacto da pandemia de Covid-19 nas finanças públicas. Houve ampliação da programação de recursos destinados ao financiamento do setor, que alcançou o volume recorde de R$ 236,3 bilhões. A redução das taxas de juros foi adequada, assim como a manutenção do compromisso de incentivar e privilegiar o financiamento de pequenos e médios produtores.
Também foram renovadas as estratégias de fomentar a construção de estruturas de armazenagem nas propriedades rurais, bem como o compromisso de incentivar a adoção de novas e mais eficientes tecnologias, a fim de continuar estimulando ganhos de produtividade e qualidade na agropecuária. Manteve-se, ainda, a preocupação com a sustentabilidade, por meio do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC).
"Porém, os juros das linhas de crédito agrícola ainda ficaram acima da expectativa e há necessidade de aumento da subvenção do seguro rural e outros pontos a serem aperfeiçoados. Por isso, levaremos ao governo propostas realistas, que expressam exatamente as necessidades e anseios dos produtores paulistas", conclui o presidente da FAESP.