A exportação brasileira de café totalizou 3,733 milhões de sacas de 60 kg em agosto, o que significa a entrada de US$ 955,6 milhões no país, segundo relatório mensal do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Esses números são recorde para o mês de agosto na história.
No acumulado dos dois primeiros meses do ano safra 2024/2025, as remessas ao exterior alcançaram 7,516 milhões de sacas, alta de 11,8% em relação aos 6,719 milhões embarcados entre julho e agosto de 2023. Em termos de receita, o aumento é de 39,1% no mesmo intervalo comparativo, com a entrada de divisas saltando de US$ 1,360 bilhão para atuais US$ 1,892 bilhão.
De janeiro a agosto de 2024, o Brasil exportou o recorde de 31,892 milhões de sacas de café, avanço de 39,2% em relação aos 22,915 milhões de sacas embarcadas nos primeiros oito meses do ano passado.
Os cafés canéfora se destacam nas exportações, quebrando recordes e impulsionando os embarques nacionais. As variedades conilon e robusta somam mais de 6 milhões de sacas enviadas entre janeiro e agosto – o maior volume da história para o período, significando alta de mais de 200% em relação a 2023, mesmo em meio a um cenário crítico de infraestrutura e logística nos portos brasileiros.
Para manter o comprometimento com a balança comercial do país e com a entrega dos cafés nacionais, empresas exportadoras têm aberto mão de suas margens e mantido o market share do Brasil no mercado global ao pagarem esses custos extras.
Em agosto, 69% dos navios, ou 197 de um total de 287 embarcações, tiveram alteração de escalas ou atraso para exportar café nos principais portos do Brasil, segundo dados preliminares do Boletim Detention Zero (DTZ), da startup ElloX em parceria com o Cecafé.
Tipos de café
O arábica, com 23,155 milhões de sacas enviadas entre janeiro e agosto, é o café mais exportado pelo Brasil (72,6% do total), com um aumento de 25,7% em comparação com o mesmo período de 2023.
Já os canéforas somam 6,105 milhões de sacas – um aumento de 212,2% em relação ao ano passado, no mesmo período. O solúvel, por fim, contabiliza 2,604 milhões de sacas – avanço de 4,3% e 8,2% do total –, e os grãos torrados e torrados e moídos, 28.798 sacas (-18,8% e 0,1% de representatividade).
Destinos, em sacas (entre janeiro e agosto)
EUA - 5,066 milhões (+ 30,1%).
Alemanha - 4,575 milhões de sacas (+69,1%)
Bélgica - 2,918 milhões de sacas (+122,2%)
Itália - 2,596 milhões de sacas (+51,4%)
Japão - 1,448 milhão de sacas (-3,2%)
O México ampliou em 261,5% sua importação do produto brasileiro no acumulado de 2024 e alcançou o décimo lugar. Foram 758.277 sacas, sendo 646.060 de cafés verdes (arábica e canéfora).
De janeiro a agosto, o Vietnã adquiriu 485.192 sacas do produto in natura, crescimento de 514,2% frente às 79 mil sacas registradas no mesmo intervalo de 2023. Já a Indonésia também aumentou a compra de café verde brasileiro em 30,5 % (128.753 sacas).
Cafés de qualidade ou certificados sobem 49,1% nos oito primeiros meses do ano (5,623 milhões de sacas), e representam 17,6% das exportações brasileiras.
Preço médio: US$ 251,20 por saca
Principais destinos dos cafés diferenciados (entre janeiro e agosto):
EUA - 1,341 milhão de sacas
Alemanha - 994.219 sacas
Bélgica - com 678.152 sacas
Holanda - 398.297 sacas
Itália - 247.267 sacas
O relatório completo das exportações dos cafés do Brasil até agosto de 2024, está disponível aqui.
Fonte: Cecafé