As exportações de café de Uganda, maior exportador desse grão da África, podem ser 5% menores do que o previsto pela indústria uma vez que a seca está cortando os rendimentos. As exportações nos 12 meses até setembro podem cair para 3,6 milhões de sacas de 60 quilos, disse o vice-diretor executivo da União Nacional de Agronegócios de Café e Empresas Rurais, com sede em Kampala, David Muwonge. Isso se compara com o objetivo de 3,8 milhões de sacas da Autoridade de Desenvolvimento do Café de Uganda.

A seca nos dois últimos meses prejudicou a colheita nas regiões sul e sudoeste, onde a principal colheita está sendo feita, disse Muwonge. As duas áreas são responsáveis por mais de 40% da produção anual de café da nação, disse o diretor executivo do Nucafe, Joseph Nkandu.

As previsões de menores exportações vêm em um período quando os preços do café robusta estão perto de seu maior valor em mais de um ano. Na última estação, quase 80% do café produzido em Uganda, ou 2,72 milhões de sacas, era da variedade robusta.

“Estamos avaliando o impacto da seca na colheita”, disse Muwonge. “As exportações serão menores do que a meta original”.

Os envios seriam ainda maiores do que a estimativa de 3,46 milhões de sacas para a estação anterior.

Uganda consome cerca de 3% de sua produção anual e normalmente sobram mais de 400.000 a 500.000 sacas para a próxima estação, de acordo com a autoridade. Esses estoques podem ser menores nesse ano devido às menores produções, disse Muwonge.

Os envios de outubro a maio totalizaram 2,28 milhões de sacas, comparado com 2,11 milhões de sacas no ano anterior.

As informações são do Bloomberg/ Tradução por Juliana Santin