As exportações de café verde no Brasil recuaram em 5,1% em relação a janeiro de 2017, de acordo com relatório mensal do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Foram exportadas, no período, 2.327.600 sacas de 60 quilos, em contraste com as 2.451.405 sacas vendidas em 2017. Os números vêm caindo desde 2016, quando a redução em relação a 2015 foi de 10,6%. Entre 2016 e 2017, a redução no período foi de 3,4%.
O café industrializado também sofreu queda nas exportações em relação a janeiro passado, com uma perda de 16,8% no volume. No total das exportações brasileiras, houve um recuo de 5,9%, o que representou uma queda na receita cambial de 13,9%. O total de sacas exportadas no período foi de 2.490.023, com receita cambial de US$ 400,9 milhões e o preço médio em US$ 161,01.
“Acreditamos que o ritmo seguirá mais lento até a entrada da nova safra, que trará uma expectativa melhor. Além disso, o volume de chuva tem sido alto, o que favorece a produção. Se o fator climático permanecer desta forma, será muito positivo”, tranquilizou o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.
Cafés especiais
O balanço do mês, no entanto, não foi de todo ruim. Os cafés diferenciados brasileiros, que no ano passado participaram, no período, de 14,9% das exportações, tiveram uma parcela de 21,1% no último mês. O total de sacas exportadas dos cafés diferenciados no período foi de 524.851, e o preço médio ficou em US$ 189,39.
A Alemanha desbancou os Estados Unidos como principal comprador dos grãos brasileiros em janeiro. Com participação de 20,6% no mercado, o país europeu passou com folga dos EUA, que hoje representam 17,9% dos exportadores. O Japão segue na terceira posição, que registrou um aumento de 10,51% de exportação do café brasileiro, com 8,8% de participação no mercado. Ainda se destacam Itália, Bélgica, Reino Unido e Canadá.