O mês de dezembro de 2017 fechou com decréscimo de 11,5% nas exportações de café em relação ao mesmo período do ano anterior. O País exportou 30,7 milhões de sacas de 60 kg, e acumulou uma receita cambial de US$ 5,2 bilhões, contra US$ 5,4 bilhões no ano safra 2016-2017. Os dados foram disponibilizados em coletiva do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) na manhã desta terça-feira.
“Foi um ano positivo porque foi muito desafiador. O fator clima foi severo no Espírito Santo, e esperamos uma melhora nos próximos anos”, comentou o diretor técnico do órgão Eduardo Heron. Embora as exportações de café verde tenham apresentado uma redução em 2017, o mesmo não pode ser dito dos industrializados: os torrados e moídos subiram 19,7% em relação ao ano anterior, enquanto os solúveis apresentaram crescimento de 2,1%.
Um dado que chama atenção é o volume de sacas de robusta vendidas em 2017: apenas 292.256, pior número desde 1990. Os representantes do Cecafé, no entanto, acreditam que não seja motivo para alarme: o ano safra foi complexo não só pela bienalidade do café, mas também por causa da crise hídrica no Espírito Santo.
A expectativa do Cecafé é que os números melhorem no próximo semestre. “A partir de 1º de julho, ao que tudo indica, teremos uma boa safra como resultado de novos plantios, bons tratos culturais e o bom índice pluviométrico. Os estoques de passagem, cafés das safras remanescentes no momento da entrada da nova safra, deverão ser os mais baixos historicamente, porém temos que acompanhar o desempenho das exportações e do consumo interno neste primeiro semestre de 2018”, adiantou o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.
O café continua na quinta posição dentre os produtos agropecuários brasileiros e tem a participação de 2,4% das exportações totais nacionais. Veja o relatório na íntegra aqui.