Dados do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé) apontam que, quando comparadas com o mesmo período do ano passado, as exportações de café brasileiro para a China cresceram 23,1% nos primeiros cinco meses de 2019.
De janeiro a maio de 2019, foram destinadas 88.179 sacas de café ao gigante chinês. Em uma entrevista à Xinhua, o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, destacou a importância dos jovens consumidores asiáticos e o interesse do Brasil em aumentar suas vendas na China.
"A abertura de cafés estimula os jovens a consumir o café de várias maneiras", disse Carvalhaes, referindo-se ao rápido desenvolvimento das redes Luckin Coffee e Starbucks nas cidades chinesas, e o atrativo que isto gera nas novas gerações. O empresário citou o exemplo da Coreia do Sul, onde houve um boom na carreira de barista. Com essa oportunidade, os setores públicos e privados do Brasil estão buscando desenvolver mercados na China.
O relatório sobre o Sentimento dos Consumidores, publicado pelo Instituto Global McKinsey, acredita que até 2030, 58% das famílias chineses serão de classe média ou alta e o gasto pelos consumidores chineses urbanos está se equiparando com o de outras cidades do mundo.
Assim, o mercado de consumidores chineses é extremamente integrado com o mundo e a penetração das companhias multinacionais é significativa no país asiático. Entre as dez grandes categorias de consumidores, sua penetração média foi de 40% em 2017, em comparação com apenas 26% nos Estados Unidos.
O crescente fluxo de chineses fora da China, principalmente de estudantes e turistas, é uma oportunidade de negócios em expansão para as empresas nos países de destino. Portanto, as companhias podem aproveitar essa tendência se adaptando aos gostos dos consumidores chineses.
As informações são da Agência Xinhua (estatal chinesa).