As exportações dos cafés diferenciados produzidos no Brasil, que incluem aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis, somaram o equivalente a 1,78 milhão de sacas de 60kg com preço médio de US$ 190,58 e geraram US$ 339,39 milhões de receita cambial no primeiro quadrimestre de 2018.
Tais cafés foram exportados com preço médio adicional de 28,8% em relação aos cafés Naturais/Médios, o que equivale a US$ 42,57 por saca. A receita cambial dos cafés diferenciados correspondeu a 21,3% da receita total das exportações dos Cafés do Brasil, que foi de US$ 1,596 bilhão.
Os seis principais importadores dos cafés diferenciados do Brasil, nesse mesmo período, foram: EUA, em primeiro lugar, com 426,06 mil sacas, responsável por 23,9% da exportação brasileira desses cafés; Alemanha, em segundo lugar, com 249,61 mil sacas que corresponderam a 14% dessas exportações; Bélgica, em terceiro, 226,49 mil sacas (12,7%); Japão, quarto colocado, com 160,92 mil sacas (9%); Itália, quinto colocado, com 116 mil sacas (6,5%); e Reino Unido, em sexto lugar, com 102,62 mil sacas (5,8%). Os demais países importaram aproximadamente 500 mil sacas de cafés diferenciados, sendo responsáveis por 28% das exportações desse produto pelo nosso País.
Com relação à evolução das exportações dos cafés diferenciados, vale ressaltar que no primeiro quadrimestre dos últimos cinco anos os volumes exportados foram: 2,57 milhões de sacas em 2014; 3,04 milhões de sacas em 2015; 2,32 milhões em 2016; 1,41 milhão em 2017; e, conforme mencionado anteriormente, 1,78 milhão de sacas em 2018, que representaram aumento de 26,3% em relação ao ano anterior. Estes dados e análises, entre vários outros do mercado internacional do café de interesse do setor, constam do Relatório mensal abril 2018 do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Especificamente com relação ao mês de abril, o Cecafé demonstra que a “Participação % por qualidade nas exportações brasileiras de café” teve a seguinte performance: 86,1% de café arábica, 11,5% de café solúvel e 2,4% de café robusta. Nesse sentido, deve se destacar que nesse mês foram exportadas 6.417 sacas de café arábica Especial ou Gourmet, com preço médio de US$ 222,39, e 6.400 sacas de café conilon Especial ou Gourmet, com preço médio de US$ 155,73, os quais foram superior ao preço médio de cada espécie em 45% e 42%, respectivamente.
Nesse contexto das exportações e do consumo interno de Cafés do Brasil, no mês ora objeto de análise, o Relatório enfatiza que “Para contextualizar com clareza a grandeza da capacidade do Brasil, mesmo no período de entressafra, somando-se todos os segmentos de café, tanto os exportados como os consumidos internamente, atingimos quase 4 milhões de sacas movimentadas, o que corresponderia a cerca de 20 bilhões de xícaras de café consumidas globalmente, em apenas um mês. Esses números refletem a grande responsabilidade junto ao consumidor e a importância do Brasil no abastecimento do mercado mundial”.