De acordo com o relatório de mercado da Organização Internacional do Café (OIC), em agosto de 2019, a média mensal do indicador composto da OIC atingiu 96,07 centavos de dólar por libra-peso, uma queda de 6,7 por cento em julho de 2019. Isso marca uma queda de 13,6% desde o início do ano cafeeiro (outubro de 2018), em 111,21 centavos de dólar por libra-peso.
Em agosto, o indicador composto diário variou entre uma baixa de 94,29 centavos de dólar por libra, em 19 de agosto, e uma alta de 97,43 centavos de dólar por libra, em 8 de agosto. A OIC afirma que, durante o ano cafeeiro de 2018/19, seu indicador diário composto atingiu em média 100,72 centavos de dólar por libra-peso.
As exportações totais em julho de 2019 totalizaram 11,34 milhões de sacas, 9,5% a mais que em julho de 2018, enquanto os embarques nos primeiros dez meses do ano cafeeiro de 2018/19 atingiram 109,41 milhões de sacas, 10,2% a mais que no mesmo período do ano passado.
A OIC disse que amplos suprimentos, de um aumento de 3,9% na produção global para 169,73 milhões de sacas, impulsionaram as exportações. Em sua maioria, o café continua a ser exportado como café verde, representando 91,3% do total de café enviado entre outubro de 2018 e julho de 2019.
México, Colômbia, Vietnã, Brasil e República Dominicana representam os cinco maiores exportadores de café torrado entre os países produtores, representando 92,7% do total das exportações de café torrado nos primeiros dez meses do ano cafeeiro de 2018/19.
O Brasil foi o maior exportador de café solúvel entre outubro de 2018 e julho de 2019, com embarques atingindo 3,29 milhões de sacas, 10,7% a mais que no mesmo período do ano anterior.
A OIC afirma que, embora a parcela de café processado não tenha mudado muito nas últimas três décadas, o processamento de café na origem pode agregar valor, conforme evidenciado pelos valores unitários mais altos do café processado em comparação aos do café verde.
Por exemplo, o processamento de café verde pode dobrar o valor unitário das exportações brasileiras, enquanto o valor unitário do café processado da Colômbia é cerca de 60 a 75% maior que o do café verde.
Estima-se que a demanda global de café cresça 2,1%, para 164,77 milhões de sacas, com o crescimento na Ásia, Oceania e África superando outras regiões. No entanto, estima-se que 2018/19 termine com um excedente de 4,96 milhões de sacas, tornando-o o segundo ano consecutivo de excedente.
A OIC diz que o excesso de oferta acumulado nas duas últimas temporadas é estimado em sete milhões de sacas, atribuindo isso aos baixos níveis atuais de preços do café.
As informações são do Global Coffee Report / Tradução Juliana Santin