O Coffee Directorate do Quênia apresentou o café especial do país na reunião anual global do café, onde foram reunidas as principais partes interessadas no setor. A exibição teve como intuito fazer com que os Estados Unidos, que pagam um preço premium pelo café, aumentem suas compras em 25%.
Foto: Alexia Santi/agencia ophelia / Café Editora
De toda a exportação anual do Quênia, que equivale a 46.000 toneladas, os norte-americanos compram cerca de 7%, pagando mais caro em comparação com os principais compradores do café queniano. De acordo com a diretoria, atualmente os EUA pagam US$ 4,78 por saca, já a Alemanha, principal importadora, paga US$ 2,86, já que compra em uma maior quantidade.
Durante o ano financeiro de 2015/2016, os EUA pagaram US$ 286,94 por sacas de 50kg, enquanto a Alemanha pagou US$ 239,12 e a Bélgica levou por US$ 229,55.
“Nós pressionamos para aumentar a venda dos torrefadores americanos e eles já se comprometeram com esse aumento em relação ao que compram atualmente”, disse Willy Bett, secretário do Gabinete de Agricultura.
O Quênia foi escolhido como um país retrato na exposição deste ano em Seattle, tornando-se o foco das atividades na Feira Comercial de Café, que teve início no dia 19 de abril. O Simpósio e a Exibição da Associação de Cafés Especiais da América é uma das maiores vias comerciais onde os produtores de café se encontram com compradores e consumidores de café especial.
Apesar da procura para expandir o mercado, o governo queniano está tentando atrair produtores de volta para a produção, após a queda de produtividade de café por cafeeiro ter caído de 10 kg para 2 kg. Essa queda se deu por conta dos produtores estarem descontentes com a má gestão, que está obrigando-os a arrancar o café e plantar outras culturas.
No simpósio, os torrefadores disseram que o café queniano tem uma vantagem comparativa sobre outros países devido à sua singularidade no gosto. Segundo eles, haverá um aumento de volume para atender a demanda crescente de seus clientes.
A maior parte do café do Quênia é exportado como grãos limpos, sendo apenas 5% torrado. Desse modo, perde-se o valor agregado da venda de café torrado e embalado.
As informações são do AllAfrica.com / Traduzido por Juliana Santin